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Transição energética pauta 12ª edição do Fórum Nordeste

Promovido pelo Grupo EQM, o evento reuniu lideranças políticas e representantes do setor bioenergético

Transição energética pauta 12ª edição do Fórum Nordeste

A transição energética e os desafios e oportunidades nos setores de biocombustíveis e energias limpas, deram o tom das discussões da 12ª edição do Fórum Nordeste, promovido pelo Grupo EQM, com o apoio técnico do Sindaçúcar – AL (Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Alagoas).

O secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME), Pietro Mendes, destacou a experiência brasileira em etanol, biodiesel e biogás e o potencial em escalar a produção do combustível sustentável de aviação.

O Programa Combustível do Futuro ganhou destaque na participação do secretário no fórum.

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Segundo Pietro Mendes, a iniciativa é essencial para a descarbonização da matriz de transporte, ao integrar políticas públicas, tecnologia veicular nacional, eficiência e transição energética.

Entre 2020 e 2023, o uso de biocombustíveis, principalmente de etanol, evitou que 102,8 milhões de toneladas de CO² fossem lançadas na atmosfera, informou o secretário.

Com o tema “Transição Energética, Descarbonização e o Papel dos Biocombustíveis”, o presidente da DATAGRO, Plínio Nastari, falou sobre o potencial do Brasil para aumentar a produção de biogás e etanol 2G, ampliando significativamente a geração energética.

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Eduardo Queiroz Monteiro, presidente do Grupo EQM, Renato Pontes Cunha, presidente do SINDAÇÚCAR-PE e presidente executivo da NOVABIO, Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados e Pedro Robério Nogueira, presidente do SINDACUCAR-AL

“Ao mesmo tempo, podemos fazer a integração de cana e milho, a recuperação de solos degradados para produção de mais combustível de primeira e segunda geração; e novas técnicas de multiplicação da cana podem alavancar muito a produtividade agrícola através não só do que já foi feito recentemente”, analisou.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, defendeu incentivos econômicos às indústrias que implementam energia limpa em seus processos produtivos. O deputado abordou também o aumento da mistura de biocombustíveis na gasolina e no óleo diesel, bem como a regulamentação do mercado de créditos de carbono, atualmente em análise no Senado Federal.

João Irineu Medeiros, vice-presidente de Assuntos Regulatórios da Stellantis para a América do Sul, disse que o desafio para se adequar ao processo da descarbonização é enorme. “Não podemos copiar o que é feito na Ásia ou nos Estados Unidos. Temos de criar uma solução nossa. Temos um programa que visa reduzir a emissão de CO² em 50% até 2030 e ter carbono neutro em 2038″, afirmou João Irineu.

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“Jogamos 50 giga toneladas de gás carbônico todo ano na atmosfera. Os cientistas fizeram uma projeção de que, continuando assim até 2100,  teremos um aumento de quatro a cinco graus na temperatura. Algumas regiões poderão ficar inabitáveis. São números preocupantes. Precisamos zerar essa emissão. Não há outra alternativa”, reforçou o palestrante.

Fechando o evento, o assessor especial do Ministério da Fazenda, Rafael Dubeux, detalhou o “Plano de Transformação Ecológica: desenvolvimento inclusivo e sustentável para lidar com a crise climática.” Dubeux destaca o Brasil como protagonista na descarbonização da economia.

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