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Receita Líquida de Açúcar e Etanol da Zilor soma R$ 622,0 milhões no 1T23

A usina também teve alta de 11,5% em sua receita líquida fixada em R$ 827,7 milhões no 1T23

Receita Líquida de Açúcar e Etanol da Zilor soma R$ 622,0 milhões no 1T23

No final do mês de agosto, a Zilor Energia e Alimentos divulgou seus resultados do primeiro trimestre de 2023 (1T23). Entre os destaques apresentados pela companhia está a receita líquida de açúcar e etanol, que somou R$ 622 milhões no período, crescimento de 15,4% em relação ao primeiro trimestre de 2021/22.

“A receita de açúcar somou R$ 259,1 milhões, um incremento de 21,5% em relação ao 1T22, suportada pelos maiores preços da commodity na safra anterior, porém com pequena redução de 0,5% no volume de vendas. Os maiores preços da cana, em função do aumento no valor do ATR (Açúcar Total Recuperável) divulgado e praticado pelo Consecana, contribuíram para o melhor resultado”, afirma o relatório da companhia.

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Neste primeiro trimestre da safra 2022/23 a Zilor apresentou uma receita líquida consolidada de R$ 827,7 milhões, o que representa uma alta de 11,5% em relação ao 1T22.

Em energia, a receita líquida foi de R$ 31,5 milhões no início desta safra, montante 11,1% abaixo do mesmo período de 2022, em razão do menor preço médio quando comparado com o mesmo período do ano passado.

A empresa processou 3.686,0 mil toneladas de cana, volume 7,1% inferior quando comparado com o primeiro trimestre da safra anterior, com redução tanto de cana própria quanto de terceiros. Segundo o relatório da companhia, a redução se deve ao menor período de moagem, em razão do maior volume de chuva no início da safra, impactando no volume de moagem do período de ambas as regiões.

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A receita de CBIOs (Créditos de Descarbonização) no início deste ano foi de R$ 19,2 milhões e são referentes a comercialização de 261,6 mil CBIOs no período, ante receita líquida de R$ 2,0 milhões no 1T22 com comercialização de 74,1 mil CBIOs.

O EBITDA Ajustado totalizou R$ 274,3 milhões no 1T23 versus R$ 359,9 no 1T22, com margem de 33,1% e 48,5%, respectivamente. Já o lucro líquido, somou R$ 69,1 milhões, com margem líquida de 8,4%, versus R$ 245,1 milhões no mesmo período da safra anterior, com margem líquida de 33,0%.

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O lucro bruto da companhia caiu para R$ 242,5 milhões, 30,7% a menos do que os R$ 349,9 milhões registrados no 1T22. O lucro bruto ajustado do período, de acordo com a Zilor, teria sido R$ 219,5 milhões, versus R$ 298,2 milhões do mesmo período de 2022.

O preço médio do açúcar passou de R$ 1.663,7/t, no primeiro trimestre de 2021, para R$ 2.031,8/t no primeiro trimestre da safra 2022/23, o que representa um incremento de 22,1%. O volume de vendas, no entanto, diminuiu 0,5% na comparação entre os trimestres e segue de acordo com a estratégia de comercialização da Copersucar.

O preço médio do etanol também registrou aumento de 20,1% no primeiro trimestre da safra, atingindo o preço de R$ 3.529,9/m3, impactado pelo aumento do preço do petróleo e aumento no valor do ATR (Açúcar Total Recuperável) praticado pelo Consecana. No entanto, o volume de vendas foi de 102,8 mil/m3, volume 7,2% inferior ao1T22.

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O custo total da companhia subiu 49,2%em relação ao mesmo período da safra anterior, para R$ 585,2 milhões. Excluindo efeitos contábeis, variação no valor justo do ativo biológico, os custos do primeiro trimestre atingem R$ 608,1 milhões, 37% superior ao mesmo período de 2022.

“Na comparação entre os mesmos períodos na agroindústria, a companhia registrou aumento nos custos devido, principalmente, ao repasse do incremento de preço aos parceiros produtores de cana através do Consecana, depreciação relacionada a maiores investimentos e maiores custos de insumos, atribuídos principalmente aos maiores preços de diesel e fertilizantes, e de comercialização de açúcar e etanol”, afirmou a companhia em report.

Além disso, de acordo com a Zilor, o período mais curto de moagem do primeiro trimestre, devido às chuvas, impactou em menor diluição dos custos fixos no período. A produção de açúcar no período foi de 207,9 mil toneladas, 10,7% inferior às 232,8 mil toneladas registradas no 1T22.

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A produção do etanol somou 148,8 mil/m3, 16,6% inferior aos 178,5 mil/m3 registrados no 1T22. No período, a produção do etanol foi direcionada para o anidro, para capturar maior valor agregado e oportunidades de vendas.

A energia exportada foi de 128,4 mil MWh, um crescimento de 0,6% em relação ao mesmo período da safra anterior. De acordo com a Zilor, mesmo com menor disponibilidade de biomassa, a companhia apresentou melhor eficiência na geração e menor insumo. A energia produzida foi contratada pelo preço médio de R$245,8/MWh no 1T23 versus R$ 278,0/MWh no 1T22.

A companhia captou o montante de R$ 450,0 milhões em julho/2022 pelo prazo de 12 anos ao custo de IPCA +7,8722% ao ano (equivalente a CDI+3,2% ao ano), com importante reforço de caixa que será registrado contabilmente no 2T23.

Os recursos serão utilizados para os dois projetos de ampliação de energia elétrica nas Usinas Barra Grande e São José, por meio de direito de comercialização via leilão, que contribuirá para aumento em 60% da capacidade de geração da companhia, prevista para o início das operações em 2023 e 2024.

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