Durante uma reunião em Brasília, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, mencionou a possibilidade de a estatal concluir a construção da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN-3) em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul. As obras da fábrica estão paralisadas desde 2019.
No encontro, que ocorreu na quarta-feira (14/6), Prates também abordou a retomada de estudos e possíveis investimentos no setor de fertilizantes. Ele participou da primeira reunião do Conselho Nacional de Fertilizantes (Confert).
Ao contrário da gestão anterior, que previa desinvestimentos da Petrobras no segmento, a estatal deverá desempenhar um papel estratégico na implementação do Plano Nacional de Fertilizantes no governo atual.
Notícias Relacionadas
Usinas
Porto de Paranaguá alcança Recorde de Movimentação em 24 Horas
Destacam-se nas exportações as commodities de soja e açúcar, enquanto na importação o fertilizante lidera a movimentação.
Mercado
Estudo inédito destaca o Brasil como protagonista da transição energética nos transportes
Coalizão formada pelos produtores de bioenergia, autopeças, montadoras, pós-venda, sindicatos de trabalhadores, entidades de tecnologia e engenharia trabalha em prol da descarbonização de veículos leves, pesados e máquinas agrícolas
LEIA MAIS > El Niño pode alterar projeções da safra 2023/24 de cana
O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, comentou sobre a reunião, afirmando: “Foi uma reunião muito boa porque eles retomaram a agenda de fertilizantes e gás na companhia e sinalizaram uma discussão para que a gente possa, nos próximos anos, concluir esse que é um dos maiores ativos que construímos ao longo do tempo”.
A retomada dos estudos e investimentos está prevista no Plano Estratégico 2024/2028 da Petrobras. A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, também destacou o interesse do presidente da estatal em visitar a planta de Três Lagoas para compreender a importância da fábrica de fertilizantes para Mato Grosso do Sul.
A construção da fábrica de fertilizantes em Três Lagoas começou em 2011 e foi interrompida em dezembro de 2014, quando o contrato com o consórcio responsável foi rompido pela Petrobras. Na época, a obra estava 81% concluída. Em setembro de 2017, a estatal colocou a UFN-3 à venda.
LEIA MAIS > Novo estudo coloca carro híbrido flex a frente do elétrico em emissões de CO2
No ano passado, um grupo russo manifestou interesse em adquirir a fábrica, e o negócio chegou a ser anunciado pela então ministra da Agricultura, Tereza Cristina. No entanto, as negociações não foram concluídas, pois o plano de negócios apresentado pelo potencial comprador previa a transformação da fábrica em uma indústria misturadora de fertilizantes.
Em janeiro deste ano, a Petrobras comunicou o encerramento do processo de venda da UFN-3, que estava na fase de recebimento de propostas vinculantes. Em junho de 2022, o Bradesco BBI foi contratado como assessor financeiro exclusivo para a venda da fábrica.
