Mercado

Commodities Agrícolas

Os temores continuam. Os preços futuros do açúcar negociados na bolsa de Nova York caíram ontem pelo segundo pregão consecutivo, mais uma vez motivados por temores de que a desaceleração econômica dos Estados Unidos arrefeça a demanda mundial pelas commodities agrícolas. “O açúcar está sendo fortemente influenciado por essa preocupação com a demanda global”, afirmou à agência Bloomberg Jim Cassidy, trader de açúcar da Newedge USA LLC, de Nova York. Os contratos com vencimento em maio de 2009 fecharam com recuo de 27 pontos, a 11,55 centavos de dólar por libra-peso. No mercado doméstico, a saca de 50 quilos do açúcar cristal fechou o dia cotado a R$ 31,26, com queda diária de 0,03%, segundo o indicador Cepea/Esalq. No mês, a commodity acumula alta de 0,51%.

Compras alavancadas. Os preços futuros do algodão reverteram a queda de 6,7% na segunda-feira e fecharam em alta ontem em Nova York. Segundo analistas ouvidos pela Bloomberg, o resultado ruim do dia anterior levou à elevação nas encomendas externas. Os importadores costumam elevar suas aquisições quando a moeda americana cai em relação a outras moedas. “Ocorreram muitas compras à noite”, explicou Ron Lawson, diretor-gerente da Lawson ONeill Global Institutional Commodity Advisors, na Califórnia. Assim, os papéis para entrega em março fecharam a 53,56 centavos, alta de 117 pontos. No mercado doméstico, a libra-peso do algodão fechou a R$ 1,2334, com queda diária de 0,03%, segundo o indicador Cepea/Esalq. No mês, a variação da fibra é de 0,18%.

Economia enfraquecida. Os preços futuros do milho caíram ontem, alcançando o menor patamar de uma semana, pressionados por notícias de que a retomada do aquecimento da economia global deverá levar mais tempo, o que poderá provocar um recuo na demanda por grãos no mercado internacional, segundo analistas ouvidos pela agência Bloomberg. A alta do dólar em relação a outras moedas estrangeiras também ajudou a tirar suporte das cotações dos grãos nas bolsas americanas. Na bolsa de Chicago, os contratos para março encerraram o pregão a US$ 4,2775 o bushel, com recuo de 8,50 centavos. No mercado paulista, a saca de 60 quilos fechou a R$ 22,35, segundo o índice Esalq/BM&F. Os produtores brasileiros estão negociando sua produção, à medida que necessitam fazer caixa.

Queda da demanda. A alta do dólar em relação a outras moedas estrangeiras pressionou as cotações do trigo nas bolsas americanas. Analistas ouvidos pela agência Bloomberg acreditam que a valorização do dólar pode provocar um recuo na demanda pelo trigo dos Estados Unidos, os maiores exportadores globais. Na bolsa de Kansas, os contratos para março encerraram o pregão a US$ 5,9925 o bushel, com recuo de 12,75 centavos. Na bolsa de Chicago, os contratos para março fecharam a US$ 5,69 o bushel, com baixa de 14,75 centavos. Dados do USDA mostram que as exportações de trigo da semana encerrada no dia 16 devem recuar 34% sobre a semana anterior. No mercado paranaense, a saca de 60 quilos encerrou ontem a R$ 26,69, segundo o Deral.

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