Mercado

"Manutenção sem paradas é tendência de futuro", diz consultor

img10213

Hoje ainda não é possível imaginar o futuro do setor sem os meses de paradas para manutenção industrial. Mas já existe projetos nesse sentido, cujo objetivo será aproveitar a entressafra para cogerar energia, sem praticamente parar. A proposta é de José Ieda Neto, consultor industrial da INEL Engenharia, que explica que a manutenção industrial irá existir porém terá que ser preditiva. “O empresário não compra uma fábrica de papel para ter que parar um ano depois para manutenção, essa tecnologia terá que durar mais tempo, até cinco anos, por exemplo”, diz.

Essa revolução já deve começar agora, segundo Neto, com capacitação de pessoas e adaptações tecnológicas. “Somente a fabricação de açúcar e etanol não pagam as contas. Na entressafra é a melhor época para se produzir energia do bagaço. As paradas deverão ser repensadas e durar no máximo uma semana”.

img10212

Ele admite que a mudança não será fácil tanto financeiramente como culturalmente, mas diz que é preciso tomar uma decisão de cada vez. “Não será fácil, mas vejo isso como uma tendência de futuro”, afirma.

A implantação de um projeto como esse que já está sendo estudado por uma Usina do setor, deve durar de três a cinco anos, de acordo com o consultor.

“É muito cara a manutenção industrial e está se tornando inviável. O setor terá que agregar outros produtos para ajudar no seu orçamento como a cogeração e o etanol de segunda geração. Também vejo que as usinas ainda poderão no futuro processar soja, milho. Por isso teremos que mudar aos poucos e realizar muitos treinamentos. A manutenção terá que ser preditiva e as unidades e os fornecedores vão precisar modernizar-se rapidamente para acompanhar o processo”, conclui.

Banner Revistas Mobile