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Combustível do Futuro avalia caminhos para a mobilidade urbana

Uma comunicação mais eficiente é fundamental para que soluções como o etanol possam se viabilizar  

Combustível do Futuro avalia caminhos para a mobilidade urbana

Carro elétrico, etanol, híbrido, qual o melhor caminho a se seguir? Buscar a melhor resposta para essa questão é sem dúvida, um dos objetivos do programa Combustível do Futuro, que foi tema de uma live promovida pelo Grupo de Pesquisa de Regulação da Infraestrutura (Proreg), da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), na última quarta-feira, dia 14.

A live contou com a participação de Pietro Adamo Sampaio Mendes, doutor em Tecnologia de Processos Químicos e Bioquímicos pela UFRJ, conselheiro da Associação de Engenharia Automotiva (AEA), assessor da Presidência da Infra S.A. e servidor de carreira da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Ricardo Simões de Abreu, consultor de mobilidade sustentável da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), com moderação feita por Jose Carlos Buzanello, coordenador do Proreg.

“Eu acho que esse tema é muito importante para ser discutido na academia. Afinal, a gente só vai conseguir efetivamente soluções juntando a academia, o setor privado e o setor público. Uma verdadeira construção conjunta de muita escuta ativa e preocupação com a comunicação”, disse Pietro Adamo Sampaio Mendes.

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“Quando pensamos na criação do programa, identificamos um vácuo na legislação, com uma falta de articulação entre as políticas públicas existentes, dispersas em diversos agentes, fazendo com que a indústria tivesse que buscar vários interlocutores. Dentro deste contexto de eletrificação vimos a necessidade de se fazer essa a avaliação do “poço a roda”, a questão também dos SAF, dos combustíveis sintéticos e também a questão de investimento em inovação, foram questões que justificavam a criação do programa do combustível do futuro“, explicou Mendes.

Para Ricardo Simões, é preciso um olhar mais amplo para a questão da propulsão, levando em consideração as mais diversas etapas, do “poço a roda”. “O problema não é a combustão e sim o combustível que se usa no motor. No veículo eletrificado, a energia chega na roda através do motor elétrico. Mas temos o híbrido, que produz energia elétrica embarcada e vai pra roda. É importante aproximar as tecnologias. No caso do etanol, já contamos com uma rede de abastecimento. O importante é combinar as tecnologias da melhor forma.

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Mendes reiterou que o nosso inimigo é o CO2 equivalente, e não uma tecnologia. “Podemos ser exportador de tecnologia de produção de etanol, tecnologia de motor flex, segurança operacional.

“O Brasil tem alternativas importantes, somos ricos em soluções. Ao programa Combustivel do Futuro cabe organizar todas essas possibilidades. Já temos o etanol e podemos fazer muito mais em favor do movimento de mobilidade de baixo carbono. Precisamos escolher caminhos que sejam coerentes com as soluções que a gente tem. A solução pode estar em  nichos. Soluções locais para um resultado global, sempre lembrando do tripé, social, econômico e ambiental”, destaca Simões.

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