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BNDES vai coordenar programa de R$ 200 milhões para descarbonização do setor automotivo

Com vigência de cinco anos, Acordo permite ao Banco captar R$ 40 milhões/ano para projetos de pesquisa, desenvolvimento industrial e inovação

BNDES vai coordenar programa de R$ 200 milhões para descarbonização do setor automotivo

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) firmaram nesta terça-feira, 24, Acordo de Cooperação Técnica (ACT) para que o Banco atue como coordenador de programa de R$ 200 milhões nos próximos cinco anos para apoiar o desenvolvimento industrial e tecnológico no setor automotivo, com vistas à descarbonização da mobilidade e da logística.

O ACT, assinado pelo vice-presidente da República e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, pelo presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e pelo diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do Banco, José Luis Gordon, tem vigência de cinco anos e habilita o BNDES a captar R$ 40 milhões ao ano, que serão utilizados para apoio não-reembolsável a projetos da cadeia de fornecedores do setor.

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O acordo representa a entrada do BNDES na operação dos fundos dos Programas Prioritários do Rota 2030, que é parte da estratégia do Governo Federal para desenvolver o setor automotivo no país e cujos recursos provêm, principalmente, da contrapartida de empresas beneficiadas por isenção de impostos na importação de peças e insumos não fabricados no Brasil, mas necessários à melhoria da eficiência energética da frota.

Segundo o ministro Alckmin, o acordo vem ao encontro da neoindustrialização, inovadora e verde. “O BNDES já está disponibilizando recursos para pesquisa, para inovação, para digitalização, e hoje assinamos também um convênio para a indústria automobilística, com foco em inovação e descarbonização”.

O Programa Prioritário “Estímulo à descarbonização da mobilidade e da logística”, a ser coordenado pelo BNDES, prevê o apoio a projetos de pesquisa, desenvolvimento, inovação, engenharia, estudos, testes, pilotos e certificações que, dentre outras ações, estimulem fontes de energia, produtos e processos que minimizem a emissão de CO2 equivalente (CO2e).

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O programa também apoia estudos, avaliações e registros das fontes de emissão do setor automotivo e serviços de testes e certificações relacionados à inspeção de veículos leves e pesados para que mantenham seu desempenho ambiental e de eficiência energética.

“Nós queremos a indústria automotiva pesquisando no Brasil. E a história do Brasil com o etanol mostra que é possível. Nós queremos pesquisa aqui, inovação aqui, para poder produzir mais veículos elétricos, mais veículos híbridos, com mão de obra, emprego e salário criados e produzidos no Brasil”, afirmou Mercadante.

“Nós vamos cobrar da indústria investimento e inovação para que possamos impulsionar um dos setores que vai contribuir para que o Brasil seja o primeiro país do G20 com emissões zero”, completou.

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