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Amcham levará à COP mais de R$ 31 bilhões em projetos ambientais de empresas no Brasil

Em 2023, o BPMA já reúne 183 iniciativas, promovidas por 111 empresas, que mobilizam investimentos de mais de R$ 31,3 bilhões, que serão apresentadas na COP

(Foto: Mário Miranda/Amcham)
(Foto: Mário Miranda/Amcham)

A Amcham Brasil levará para a COP28, no final deste ano, em Dubai, um portfólio expressivo de projetos empresariais de preservação ambiental, que estão disponíveis na plataforma do Brasil Pelo Meio Ambiente (BPMA 2023), disponível no  portal do projeto e lançado na manhã desta sexta-feira (27).

O movimento, liderado pela Amcham Brasil, busca mapear as principais iniciativas ambientais privadas no país com o objetivo de manifestar o compromisso empresarial nessa agenda e reforçar o interesse na qualidade e consistência das políticas públicas sobre meio ambiente.

Em 2023, o BPMA já reúne 183 iniciativas, promovidas por 111 empresas, que mobilizam investimentos de mais de R$ 31,3 bilhões, que serão apresentadas na COP.

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“O setor empresarial é um parceiro central do poder público para a preservação do meio ambiente e para o cumprimento das metas de redução de emissões pelo Brasil. Os números do BPMA 2023 confirmam o engajamento empresarial por meio de ações concretas, amplas e de elevado impacto ambiental, social e econômico”, avalia Abrão Neto, CEO da Amcham Brasil, entidade que representa 1/3 do PIB brasileiro.

Em seu conjunto, os resultados dos projetos mapeados pela Amcham equivalem a:

  • Tratamento de 17 toneladas de resíduos
  • Preservação e reflorestamento de 5 milhões de hectares
  • Redução de emissões de 259 toneladas de CO2
  • Geração ou otimização de 7.735 GWh de energia limpa

Preservação ou restauração de biomas e ecossistemas

No total, 61 projetos dizem respeito à preservação, reflorestamento e restauração de 5 milhões de hectares no Brasil, equivalente a 4,5 milhões de campos de futebol ou a um território maior do que o do estado do Rio de Janeiro e do Distrito Federal juntos. As iniciativas estão distribuídas nos seguintes biomas e ecossistemas: Mata Atlântica (27%); Cerrado (27%); Amazônia (18%); Baía de Guanabara (18%) e manguezais (9%).

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Economia Circular 

O tratamento e a gestão circular de resíduos são alvo de 78 iniciativas de 54 empresas que somam 17 milhões de toneladas de resíduos tratados. A expectativa é que essas ações gerem reaproveitamento ou redução de impacto ambiental em 6 milhões de toneladas de plástico, 1,3 milhão de toneladas de papel, 250 mil toneladas de material orgânico, 38 mil toneladas de metal e 4 mil toneladas de vidro.

“São números expressivos. Só o tratamento ou reuso de 6 milhões de toneladas de plástico equivale, por exemplo, a preservar a vida de 75 mil animais como aves, peixes, tartarugas, tendo como base dados e parâmetros da ONU”, comenta Abrão Neto.

Energia limpa 

O tema de eficiência energética e geração limpa segue em curso em 54 projetos de descarbonização inscritos na plataforma do BPMA 2023. Os principais objetivos desses investimentos tem sido: 41% Diversificar as fontes de energia; 33% Reduzir ou otimizar o consumo energético; e 21% Gerar novas alternativas de energia para comercialização. Segundo a Amcham, o impacto projetado dessas iniciativas é de 7.735,5 GWh de eficiência ou geração de energia ​renovável, o equivalente para abastecer o estado do Amazonas por 1 ano, tendo como base dados 2021 da EPE.

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(Foto: Mário Miranda/Amcham)

ODS e compromissos internacionais e nacionais 

Os projetos trazidos pelas empresas seguem Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS) da ONU, que são os grandes balizadores mundiais de ações em prol da proteção ambiental. Segundo as empresas, os principais ODS que os projetos atendem são: Consumo e produção sustentáveis; Ação contra a mudança do clima; e Cidades e comunidades sustentáveis.

Entre os compromissos e acordos internacionais que estão guiando as ações e prioridades ambientais das empresas estão: o Acordo de Paris, segundo 47% dos participantes; a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, em 38%; e a Convenção sobre Biodiversidade, com 9% e o Protocolo de Montreal para 4%.

Políticas nacionais 

No ambiente interno, são mencionadas as seguintes políticas como orientadoras dos projetos: Política Nacional de Resíduos Sólidos (34%); Código Florestal (18%), Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono – Plano ABC (13%), Estratégia Nacional para Redução de Emissões (12%). Outros importantes programas citados pelas empresas são o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm) e a Política Nacional de Biocombustíveis (Renovabio).

“Há uma relação importante entre a existência de políticas públicas sobre meio ambiente e as ações empresariais. Por isso, o avanço de iniciativas como a criação do mercado de carbono, a regulamentação da captura de carbono e outros marcos regulatórios em energias limpas podem multiplicar as ações empresariais, com geração de ganhos econômicos e sociais”, explica Abrão Neto.

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Rumo ao NetZero 

Dos 183 projetos analisados, 70 estão vinculados a compromissos carbono neutro (NetZero), sendo que grande parte deles tem como meta os anos de 2040 ou 2050 (69%) e 16% já alcançaram esse objetivo.

COP28

Os projetos serão apresentados pela Amcham Brasil durante a COP28, no final do ano, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Todas as iniciativas  podem ser acessadas no portal do projeto.

Setor e nacionalidade das empresas

O Movimento Brasil Pelo Meio Ambiente reúne em sua plataforma o detalhamento dos cases e investimentos detalhados das 111 empresas, sendo 43% do setor de comércio e serviços, 42% da indústria de transformação, 11% da agroindústria, e 4% da indústria extrativa. A maioria (75%) são companhias de nacionalidade brasileira, seguidas por multinacionais norte-americanas (13%), alemãs (3%) e de outras origens (9%).

 

 

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