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Mizutani, da Raízen, revela desafios do 2G

Mizutani, da Raízen: vantagens e desafios do 2G
Mizutani, da Raízen: vantagens e desafios do 2G

Pedro Mizutani, vice-presidente de etanol, açúcar e bioenergia da Raízen, explica, em palestra no último dia do F.O. Lichts Sugar & Etanol, em São Paulo, os desafios e vantagens do etanol celulósico (2G) para a sua companhia.

A Raízen tem planta de 2G em produção desde outubro de 2014, com capacidade para 42,2 milhões de litros e em fermentação no comissionamento 6C. A partir de outubro próximo, pretende iniciar o comissionamento 5C.

O etanol celulósico feito em Piracicaba já é comercializado em um posto de combustível da mesma cidade, no interior paulista.

As vantagens do 2G para a Raízen, segundo Mizutani:

“Pode-se usar sinergias e conhecimentos do etanol 1G, na parte de manuseio de biomassa, de destilação e no trato do resíduos e como mitigar problemas ambientais. Sinergia entre 1G e 2G permite integração.”

“A produção de 2G tem processos químicos quase iguais ao da 1G. Quando se faz nova planta, exige tecnologia principalmente quando há planta integrada exige gerenciamento muito forte. Temos muito a aprender, mas deveremos sair à frente porque já dominamos 1G. Mas há senões, em relação, por exemplo, ao custo.”

Desafios do 2G, conforme Mizutani:

“No manuseio da biomassa, trazer a palha do campo para a indústria é processo ainda muito caro. Adaptar equipamentos importados exigem muito, assim como o plano de manutenção.”

“Não queimar cana significa 45 milhões de toneladas de biomassa que, em nosso caso, fica no campo. Testamos carregar por enfardamento, mas ainda é difícil. É parte que pesa para a gente no etanol celulósico.”

“Outro custo é o custo, cuja produtividade é cara. Hoje o volume usado de enzima é muito para o que produzimos.”

“Hoje, custo de produção etanol 2G é 40% acima do 1G. Só terá custo competivivo ao 1G em 2018. Investimos R$ 240 milhões para 44 milhões de litros é muito investimento em Capex.”

Cogeração com biomassa: compete o material. Na cogeração, vende produto excedente em leilão ou no mercado livre. Com R$ 388 pelo MWh (valor do PLD), não valerá fazer o 2G, a menos que fique com valor competitivo.

Mizutani, da Raízen: vantagens e desafios do 2G
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