Mercado

Usineiros diversificam e vão abrir cervejaria

O Grupo Aralco, que controla três usinas de açúcar e álcool no interior de São Paulo, decidiu diversificar sua atuação e investir R$ 60 milhões na construção de uma cervejaria para matar a sede da população de municípios que estão na fronteira entre Minas Gerais e São Paulo. Ainda neste primeiro semestre, possivelmente em abril, a Aralco vai inaugurar sua fábrica em Frutal (MG), cidadezinha de 46 mil habitantes, na divisa entre São Paulo e Minas Gerais, abrindo 160 empregos diretos, para fabricar 30 milhões de litros de cerveja e chope por ano.

A cervejaria vai se tornar a maior empregadora do município depois das usinas processadoras de cana-de-açúcar da região. O município colaborou cedendo parte da área de 440 mil metros quadrados, onde está sendo instalada a indústria. O objetivo é expandir a empresa e quadruplicar a produção num prazo de dois a cinco anos, explica o gerente industrial da Aralco, Arthur Boschi.

A marca da cerveja ainda é segredo guardado a sete chaves, como diz Egon Carlos Tschope, cervejeiro até de nome, contratado pela Aralco para liderar o investimento. “Só vamos divulgar o nome da marca dias antes da abertura da indústria”, disse, explicando que, apesar de ser considerada uma fábrica pequena, a cerveja vai concorrer com todas as outras marcas pilsen existentes no mercado. A produção será distribuída em 95% de cerveja de garrafa de 600 ml e 5% em barris de chope.

“Optamos por Frutal porque a localização é ideal para atingirmos o consumidor de cidades importantes do Triângulo Mineiro e outras grandes do interior de São Paulo, como São José do Rio Preto, Araçatuba e Ribeirão Preto”, diz Tschope. “A cervejaria mais próxima está a 500 km de distância, nas proximidades de Belo Horizonte”, observa.

A opção por investimento em cervejaria não foi por acaso, segundo Boschi. “Fizemos uma pesquisa e constatamos que era a melhor opção”, diz. A estratégia não significa que o Grupo Aralco tenha decidido parar de investir no setor sucroalcooleiro. Formado por cinco empresários de Araçatuba (SP), o grupo espera a aprovação ambiental para concluir a construção de outra usina de açúcar e álcool, em Buritama (SP).

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