Mercado

Usinas produzem quase 100 milhões de toneladas de cana no Centro-Sul

O volume de cana-de-açúcar processado pelas usinas da região Centro-Sul do Brasil atingiu 99,63 milhões de toneladas no acumulado desde o início da safra até 1º de junho, segundo informações da Unica. Na segunda quinzena de maio, o volume produzido foi de 42,72 milhões de toneladas ou uma alta de 5,47% comparativamente ao mesmo período da safra 2010/2011.

Segundo a entidade, os dados apurados mostram um expressivo aumento da produção quinzenal de etanol anidro. Nas safras 2009/2010 e 2010/2011, o volume produzido nos últimos 15 dias de maio totalizou 334,07 milhões de litros e 490,41 milhões de litros, respectivamente. Na safra atual, no mesmo período, este volume produzido chegou a 629,64 milhões de litros, alta de 28,39% em relação ao último ano.

De acordo com o diretor técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, as usinas possuem capacidade instalada e estão comprometidas para produzir o volume de etanol anidro necessário ao abastecimento do mercado doméstico nos níveis atuais de mistura. “No acumulado desde o início desta safra, a produção de anidro representou quase 40% de todo o etanol produzido pelas usinas. Qualquer alteração no nível de mistura nesse momento traria impactos ao mercado, podendo inclusive incentivar um maior consumo de etanol hidratado durante a safra. Esse cenário reduziria a oferta do produto na entressafra, aumentando a sazonalidade dos preços”, ressalta.

A produção de etanol hidratado somou 1,09 bilhão de litros na segunda quinzena de maio, ante 753,68 milhões de litros registrados nos primeiros 15 dias do mês. Já a produção de etanol acumulada somou 3,88 bilhões de litros, sendo 2,41 bilhões de litros de etanol hidratado e 1,47 bilhão de litros de etanol anidro.

Em relação à fabricação de açúcar, foram produzidas 2,38 milhões de toneladas no período relativo à segunda quinzena de maio. No acumulado desde o início desta safra, a fabricação de açúcar totalizou 4,74 milhões de toneladas.

Para o executivo, esse avanço acelerado na colheita foi possível graças ao clima extremamente seco observado na última quinzena. “Porém essa condição climática castigou ainda mais o desenvolvimento da lavoura que será colhida nos próximos meses”, frisa.

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