As usinas de cana-de-açúcar que sofreram blitz em Ribeirão Preto afirmam não haver irregularidades nos canaviais.
O gerente de segurança e patrimônio da Usina Bonfim, Orlando Stefanuto, disse que não trabalha com funcionários terceirizados e que vai investigar a denúncia feita por quatro bóias-frias ao MPF, de que foram aliciados pela empresa.
“Todos aqui são contratados, e eu abro o setor de RH para quem quiser ver. Só no preparo do solo, antes da colheita, trabalhamos com terceirizados. Na colheita, não”, afirmou.
De acordo com ele, a usina oferece água gelada na lavoura e alojamento a 1.150 funcionários, o que a diferencia de outras do setor sucroalcooleiro. “Acho excelente que o grupo tenha visto isso. Estávamos apreensivos, mas nossa situação é muito boa”, afirmou.
A Santa Adélia, por sua vez, informou que a visita dos procuradores e do representante da ONU foi “tranqüila”.
A Unica (União da Agroindústria Canavieira), que representa o setor empresarial produtor de cana, açúcar e álcool de São Paulo, informou que não é seu papel acompanhar detalhadamente a relação capital-trabalho e que sua função é a de informar e orientar sobre a melhor conduta no relacionamento entre as duas partes.
“Esclarecemos também que somos favoráveis a investigações feitas com isenção e que analisem cada caso e suas circunstâncias”, disse ela em nota.