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Usina Paraíso tem prejuízo de R$ 15,3 milhões na safra 2011/12

A usina paulista Paraíso Bioenergia — que tem como acionista, com 32% de participação, o fundo de private equity FIP Terra Viva, administrado pela DGF Investimentos — registrou na safra 2011/12, encerrada em 31 de março deste ano, um prejuízo de R$ 15,3 milhões, três vezes superior ao resultado também negativo registrado no ciclo anterior (R$ 4,6 milhões).

A usina, localizada em Brotas (SP), sofreu com a quebra de safra e com a desvalorização cambial, que incidiu sobre seu endividamento em dólar.

A unidade, que tem capacidade industrial para moer 3 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra, esperava processar 1,9 milhão de toneladas, mas realizou 1,7 milhão de toneladas.

“A redução do nosso canavial foi de 15%, que foi amenizada porque compramos mais cana”, explica o presidente-executivo da Paraíso, Dario Costa Gaeta. “De qualquer forma”, continua ele, “mantivemos os mesmos custos com uma receita 15% menor do que o inicialmente esperado”.

Gaeta destacou ainda o efeito contábil da variação cambial entre o começo e o fim da safra. As despesas financeiras e cambiais líquidas foram negativas em R$ 28,6 milhões, ante o resultado também negativo de R$ 11,6 milhões do ciclo anterior. O destaque ficou para a variação cambial líquida no período, que apresentou um prejuízo de R$ 9,39 milhões, ante um lucro de R$ 6,3 milhões da safra 2010/11. “Do total de R$ 200 milhões de endividamento líquido, 50% a 60% eram em dólar no começo da safra, em março de 2011”, complementa Gaeta.

A receita da usina na safra 2011/12 foi de R$ 235,7 milhões, 23% maior do que os R$ 191 milhões registrados no ano-safra anterior. Para o ciclo recém-iniciado, o 2012/13, a empresa prevê processar 2 milhões de toneladas de cana.

(Fabiana Batista | Valor)

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