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UE reforça combate ao crime, que movimenta 2% a 5% do PIB global

Um informe da Europol, força policial da União Européia (UE), estima que existam no mundo 4 mil grupos do crime organizado. Para lutar contra esse tipo de delinqüência, Bruxelas propõe um intercâmbio informatizado sobre condenações judiciais na Europa.

A lavagem de dinheiro e conseqüentes lucros vultosos conseguidos pela criminalidade organizada, constituem de 2% a 5% do PIB mundial, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI).

A Comissão Européia (CE), dentro do programa sobre temas de justiça, segurança e liberdade para o período 2005-2010, apresentou uma nova medida para a luta contra a grande criminalidade; a criação de um mecanismo informatizado de intercâmbio de informação sobre condenações penais nos estados membros da UE.

Os chefes de estado ou de governo do bloco europeu decidiram, na reunião de cúpula de 2004, reforçar a cooperação, em relação à justiça e assuntos internos, a fim de incrementar a luta contra a criminalidade.

O mais recente informe da Europol sobre o crime organizado enfatiza que o número total de grupos organizados e de seus membros cresce a cada ano.

Bruxelas considera que o rápido acesso às informações relativas às condenações judiciais no território do bloco é uma prioridade para a realização do espaço judicial europeu.

Atualmente, existem enormes deficiências na circulação dessas informações, o que constitui um obstáculo na luta contra essas organizações criminosas.

O informe da Europol assinala que em 2001 foram detectados pelo menos 3 mil grupos criminosos com cerca de 30 mil membros. Em 2002 esse número cresceu para quase 4 mil, com cerca de 40 mil membros.

O relatório enfatiza , além disso, que a cooperação entre esses grupos no âmbito internacional não pára de aumentar, ao mesmo tempo em que se amplia seu raio de ação

Esses laços se estreitam também dentro do bloco europeu e com os principais países de onde procedem esses bandos de criminosos.

A investigação da Europol assinala, por exemplo, entre os delitos econômicos, a atividade de grupos chineses, com a utilização fraudulenta de cartões de crédito. Romenos e búlgaros são especialistas na falsificação de cartões e cédulas de euros.

A CE estima que nos últimos quinze anos houve uma explosão de grupos criminosos organizados, que teceram uma ampla rede de conexões. de maneira a atuar em grande escala, o que lhes proporciona grandes lucros.

Essas fortunas foram conseguidas graças ao tráfico de drogas, de pessoas , principalmente mulheres e crianças, armas e munições, e falsificações de todos os tipos de produtos, em escala internacional.

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