Mercado

UE mantém oferta e não espera acordo com Brasil hoje

Um dia antes de se encontrar com o chanceler brasileiro, Celso Amorim, o comissário do Comércio da União Européia, Peter Mandelson, já deixou claro que não vai mudar a proposta de abertura do mercado europeu, considerada tímida pelos brasileiros, e que acha que o Brasil vai manter sua posição. “Não creio que haja nenhum grande avanço”, disse Mandelson a jornalistas. Mas ele elogiou o encontro. “Os contatos informais são úteis: nos permitem descobrir o quanto de flexibilidade cada um de nós possui”. A reunião será na embaixada do Brasil em Roma.

Mandelson garantiu que “a UE fez ofertas muito sérias, muito aceitáveis sobre a agricultura para reduzir nossos subsídios consideravelmente”. E completou: “O problema é que podemos fazer qualquer oferta e nada é suficiente para os exportadores agrícolas muito competitivos que conseguem bons resultados, como Brasil, Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos.” Segundo Mandelson, eles não representam o interesse da maioria dos países em desenvolvimento.

Por causa do impasse, muitos membros da Organização Mundial do Comércio já consideram a reunião ministerial de Hong Kong em dezembro como um fracasso, pois resta pouco tempo para cumprir os objetivos fixados inicialmente.

O diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, já pediu que a reunião de Hong Kong seja vista apenas como uma “etapa intermediária” nas negociações.

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