A inflação deste mês medida pelo IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15) subiu para 0,78% -em outubro, o indicador teve alta de 0,56%. Transportes e alimentos foram responsáveis por 64% da taxa deste mês.
O grupo transportes registrou aumento de 1,31%, representando impacto de 0,29 ponto percentual na taxa deste mês. O índice foi influenciado pela alta das passagens aéreas (13,21%), da gasolina (1,26%), do álcool (7,66%) e dos ônibus urbanos (1,48%).
O repasse defasado do aumento da gasolina em Goiânia foi responsável em grande parte pela aceleração. O litro do combustível em Goiânia ficou 10,99% mais caro nos postos, em decorrência do reajuste autorizado nas refinarias pela Petrobras em setembro.
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O aumento do álcool em Goiânia foi de 17,03%. A cidade contribuiu ainda com o reajuste de 20% nas passagens de ônibus urbanos desde 12 de outubro. Além disso, o reajuste de 13% nas passagens em Salvador desde 1º de outubro entrou no índice de novembro.
O grupo alimentação e bebidas teve alta de 0,99%, puxado pelo aumento das carnes. Elas ficaram 5,58% mais caras e representaram a principal contribuição individual no mês, com 0,15 ponto percentual. Outros produtos seguiram a tendência de alta, como carne seca (5,86%), peixes (2,07%) e frango (1,79%). Alimentos “in natura”, como batata-inglesa e tomate, também tiveram altas significativas de 16,68% e de 8,98%, respectivamente.
O reajuste da energia nas regiões metropolitanas de Fortaleza e de Recife também colaborou para pressionar o IPCA-15. A conta de luz ficou em média 1,27% mais cara. A variação em Fortaleza refletiu a maior parte do reajuste de 8,5% aplicado a partir de 8 de outubro. Em Recife, o reajuste foi aplicado integralmente no índice do mês. As contas ficaram 15,78% mais caras desde 14 de setembro.
Outros itens pressionaram a inflação deste mês, como vestuário (1,15%), empregados domésticos (1,07%), recreação (1,07%), planos de saúde (1,01%) e taxas de condomínios (0,88%).
Entre as regiões pesquisadas, a maior alta foi verificada em Goiânia (2,14%) devido ao aumento nos preços dos alimentos e dos transportes. A menor taxa foi verificada em Porto Alegre (0,44%). Em São Paulo, a inflação ficou em 0,75%. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 5,48% e, nos últimos 12 meses, de 6,36%.
