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Usinas apresentam cases bem-sucedidos na área industrial durante a 28ª FENASUCRO & AGROCANA

SINATUB proporcionou benchmarking sobre de Otimização em Tempo Real global com atuação local nas usinas

Usinas apresentam cases bem-sucedidos na área industrial durante a 28ª FENASUCRO & AGROCANA

Mais que uma realidade, uma necessidade. É desta forma que o processo de transformação digital vem sendo encarado pelos gestores das usinas do setor bioenergético.

A busca de inovações tecnológicas, que permitam otimizar a tomada de decisões em tempo real, tem sido uma preocupação cada vez mais constante do setor, que vive sob a constante pressão de maximizar a produção e minimizar os custos, sem perder a métrica da sustentabilidade.

Dentre essas inovações, a ferramenta S-PAA, desenvolvida pela Soteica do Brasil, vem conquistando cada vez mais espaço, à medida em que desponta como único software de Otimização em Tempo Real (RTO) para usinas de açúcar e etanol em todo o mundo.

O assunto foi tema do 6º SINATUB Custos, Perdas e Gestão Industrial Inteligente, realizado na última quarta-feira, dia 17, no Auditório Zanini, em Sertãozinho – SP, durante a 28ª edição da FENASUCRO & AGROCANA.

Para o diretor da ProCana, Josias Messias, o evento é de extrema importância, pois possibilitou a troca de experiências entre as usinas nas mais diversas utilizações do software. “Precisamos criar oportunidades para discutir a transformação digital nas indústrias. O S-PAA é uma ferramenta que altera o dia a dia das empresas. E a melhor forma de mostrar isso, é que as próprias usinas apresentem seus cases nas suas mais diversas aplicações. Através das trocas de informações cada um pode ver onde é que pode aplicar em sua própria usina”, salientou Messias.

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“A nossa atividade é de alta complexidade e grande volatilidade. Não tem como você ser eficiente hoje na produção de cana, etanol, açúcar e bioeletricidade, sem ferramentas da indústria 4.0. E para resumir a única tecnologia, que de fato é indústria 4.0 no setor, é o S-PAA, não existe outra. É uma ferramenta de utilização global, com atuação local em tempo real”, diagnosticou Messias.

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Eraldo Fernandes e Leonardo Lopes Andrade da Bevap Bioenergia, apresentaram ganhos dos setores que passaram a contar com aplicação do S-PAA. “No controle de PH e obtivemos a redução no consumo da Cal, com maior estabilidade no processo, gerando uma economia de aproximadamente 18% do consumo da cal em 15 dias de produção do açúcar cristal. Na extração, a ferramenta permitiu um ganho de 0,12%. Na geração de energia ele proporcionou maior estabilidade na pressão do vapor”.

Para Alvimar Tavares da Usina Goiasa, a transformação digital tem impactos sociais extremamente significativos. Ele destacou também a importância da realização de seminários.

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“O S-PAA veio para otimizar a eficiência global. Esses encontros são necessários, pois podemos observar quem fez, como fez e onde tropeçou, por isso é importante estar aqui. Acabamos de ver um relato falando de ganho de relação decimal. O nosso 0,5% em qualquer unidade, vai ser multiplicado por milhões. São dois, três milhões de toneladas. Então qualquer percentual que seja, para cima ou para baixo, vai fazer muita diferença na sua gestão”, disse destacando ainda três pontos que ele considera fundamentais: a segurança operacional, a constância, pois nada se padroniza se não tiver uma constância e a maximização dos resultados.

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Danilo Gutierrez, da Pedra Agroindustrial, disse que a empresa precisa ter resultado para se manter viva e gerar lucros para os acionistas. “A gente tem que fazer a lição de casa que é reduzir os custos e perdas. E para ser mais eficiente nos dois sentidos, precisamos fazer a gestão da indústria inteligente. Mas tudo depende de pessoas. O nosso maior desafio na implantação e na melhoria do S-PAA é investir em treinamento e desenvolvimento pessoal”, disse Gutierrez informando que o S-PAA já está implementado nas três unidades da usina.

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O engenheiro Douglas Mariani, da Soteica, explanou que mais que um software a empresa realiza um verdadeiro trabalho de consultoria. Basicamente as perguntas iniciais consiste em saber: como é que opero minha planta? Quem define meu set point? Com base em que? Baseados nessas e em outras questões é que nós podemos fazer acontecer, sem desprezar nenhuma informação, buscando adequar o projeto dentro da realidade da usina.

“Ser 4.0 de verdade é você saber qual que é a sua matéria-prima que está processando, como é que eu vou tratar ela, qual é o meu dado laboratorial, trabalhando com a informação e trazendo informação ali para o dia a dia, integrando e sabendo a eficiência do equipamento. É tomar uma decisão global, olhando o local”, explica Mariani.

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Douglas Mariani, da Soteica

Na Usina Rio Dourado, Fábio de Araújo Paes Filho, explicou que a utilização do S-PAA em Laço fechado vapor e energia teve como objetivos gerais a melhoria da gestão do balanço térmico; estabilidade do controle do gerador e também alcançar a maximização da exportação e padronizar entrega de vapor vegetal para o processo (especial: difusor). No período de 19/05 a 17/06 de 2019 sem o S-PAA a produção de vapor foi de 246,78 ton/h., enquanto que no período de 19/06 a 19/07 com o software a produção foi de 232,47 ton/h, uma variação de -14.32 ton/h.

De acordo com Fábio Araújo, o objetivo da usina é evoluir para que a planta seja toda integrada utilizando os laços fechados. “O controle de vazão de centrifugação já está praticamente finalizado e logo teremos a integração de todos os laços fechados”, disse.

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Bruno Henrique Francisco da Tereos, apresentou um case da Unidade Cruz Alta, em Olímpia-SP, onde foi iniciado o processo de indústria 4.0 em diversos segmentos como cristalização, evaporação e extração.

“A evaporação está totalmente ligada com o laço do caldo, porque você precisa manter uma constância de vazão para evaporação. Então para você ter um laço de evaporação eficiente você precisa ter um laço de calda eficiente. Nós trabalhamos com difusor e você tem um controle dos níveis dos captadores atrelado ao nível do tanque de caldo misto, um absorvendo a variação do outro”, explica Francisco, destacando a sinergia proporcionada pelo S-PAA.

“A gente roda o balanço da planta para entender o que que eu tenho que moer, quanto tem que moer, quanto tem que ser levado de caldo, de mosto, vapor para atender o plano de produção. O S-PAA vai lá e cuida para que tudo isso, saia com maior potencial possível que a planta é capaz de oferecer. É uma ferramenta que ajuda a buscar o detalhe para se alcançar a eficiência”, disse.

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Júlio Pavanelli da Usina Lins, destacou que o S-PAA estimula a participação de todos os atores envolvidos no processo produtivo. “Somos uma empresa em constante movimento em busca de excelência, porque hoje a busca da excelência não é um diferencial, é uma obrigatoriedade para que nós consigamos sobreviver. Somos um mercado que vive de commodities então nós estamos navegando entre altos e baixos. Temos que ter um nível de excelência no maior possível e a nossa visão é aumentar o nosso portfólio de produtos.  Porque estamos em um momento de uma virada de chave muito grande, que é a nossa questão da matriz energética, com o carro elétrico batendo na porta. Então temos que apostar na diversificação e na eficiência. O S-PAA é um programa que inova na excelência operacional. Um programa aberto que permite a participação de todos os colaboradores, fazendo com que as pessoas se sintam um CPF dentro do nosso CNPJ, na busca da excelência operacional”, destacou Pavanelli.

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Rafael Ometto da Usina Santa Lúcia, que passou a operar com S-PAA em 2021, destacou a redução no consumo de vapor de processo e água de make up. “Um dado relevante que a gente pode perceber é água de make up. Eu diminuí de 12,12% para 8.94%.  Quando você deixa na mão do operador por controle de carga, o operador acaba deixando aquela carga. Tem hora que vai sobrar, aliviar, tem hora que vai faltar, e o vapor vai rebaixar. Nessas duas situações, o seu balanço térmico está comprometido. O que a gente percebeu com S-PAA que nesses dois momentos ele trabalha de uma maneira responsiva, olhando o balanço todo de energia da indústria e atuando antes de ocorrer o erro. Então a gente consegue ter uma redução no consumo do vapor de processo que foi de 5%. Não tivemos nenhuma mudança significativa na planta e a gente conseguiu 5% de redução no consumo do vapor de processo e da água de make-up. E todo mundo sabe que é caro metro cúbico da água desmineralizada, então só aí também tem uma grande economia”, destacou.

Para a safra atual, Ometto explicou que a usina está trabalhando na implementação do S-PAA Process, visando o controle de embebição da moenda e o controle do tratamento de caldo.

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Maicon Caetano, da Usina Pitangueiras apontou a utilização do software S-PAA através do CRA 4.0 (Comprometimento com Responsabilidade que gera Autonomia), que organiza os laços abertos em forma de workflow. Aos finais de turno, a equipe do setor se reúne para avaliar a condução do turno e fazer análise dos desvios ocorridos, registrando as informações no C.R.A 4.o, o que permite uma padronização das operações e aplicação de ajustes e ações de correção.

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