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Terminal de Barretos vai escoar açúcar

Em plena crise do etanol, um novo terminal ferroviário será construído em Barretos para atender o escoamento da produção de açúcar da região até o porto de Santos, litoral de São Paulo.

A cidade fica em meio à maior região produtora de cana-de-açúcar do país.

O investimento, de R$ 110 milhões, será feito pela empresa Agrovia na malha ferroviária da ALL (América Latina Logística). O local para o novo terminal ainda está sendo estudado, disse a ALL.

Além dessa construção, os investimentos da Agrovia também vão reativar um trecho de 174 km entre Colina e Araraquara, o que deve movimentar mais 2,5 milhões de toneladas de açúcar por ano pelos trilhos de trem.

No primeiro semestre deste ano, a ALL transportou 3,2 milhões de toneladas de açúcar nas ferrovias -1,9 mi foram até o Porto de Santos.

Cerca de 71% da produção de açúcar do centro-sul do país é voltada à exportação -23,1 mil toneladas.

De acordo com o superintendente de commodities da ALL, Leonardo Recondo Azevedo, as obras devem começar nas próximas semanas e terminar em 18 meses.

A reativação do trecho de trilhos entre Colina e Araraquara deve aumentar a densidade da estrutura para suportar cargas maiores.

Estudos técnicos apontam que serão trocados 60 mil dormentes e repostos 185 quilômetros de trilhos no trecho.

A retomada do trecho poderá estimular parcerias com usinas de Pradópolis.

A Rumo Logística, empresa vinculada ao grupo Cosan, e a usina São Martinho, uma das maiores produtoras de açúcar e etanol no país, seguem o mesmo caminho.

No início deste ano, as empresas anunciaram o investimento de R$ 30 milhões que, entre outras obras, envolvem a modernização de um ramal ferroviário com capacidade de escoar até 2 milhões de toneladas de açúcar por ano.

Para Sergio Prado, representante da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) em Ribeirão Preto, melhorias na infraestrutura têm sido um dos pontos mais debatidos entre os produtores.

Enquanto investimento é feito para escoar o açúcar, o país vive uma de suas piores crises na produção de etanol. Várias usinas produzem ao mesmo tempo álcool e açúcar. (ELIDA OLIVEIRA)

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