A Sony desenvolveu uma bateria que funciona com açúcar e pode gerar eletricidade suficiente para um reprodutor de músicas, como um walkman, e um par de alto-falantes. Segundo a companhia, a fonte pode se tornar uma alternativa mais econômica e menos agressiva ao meio ambiente.
O revestimento da biobateria é feito de plástico vegetal. O dispositivo mede 3,9 centímetros de cada lado e é acionado quando se injeta uma solução de açúcar. A bateria tem enzimas que funcionam como catalisadoras e quebram os carboidratos, liberando energia. Testes com células da nova bateria tiveram uma produção de 50 milliwatts.
– O dispositivo elaborado pela Sony simula processos biológicos que existem em praticamente todo ser vivo – comenta Luiz Carlos Kretly, professor de engenharia elétrica da Unicamp.
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Destacam-se nas exportações as commodities de soja e açúcar, enquanto na importação o fertilizante lidera a movimentação.
A empresa informou que pretende produzir as baterias para uso comercial, mas não especificou quando. A Sony quer aprimorar o método, para aumentar a potência e a durabilidade da força. No ano passado, a companhia teve de fazer um recall de milhões de baterias de laptops por medo de que pegassem fogo.
“O açúcar é uma fonte natural de energia produzida pelas plantas através da fotossíntese. Por isso, é renovável e pode ser encontrado na maior parte da Terra, o que ressalta o potencial das baterias de açúcar como fonte de energia ecologicamente correta para o futuro”, lembrou a companhia em comunicado.
Segundo Kretly, a energia muscular humana, por exemplo, provém de processos biológicos parecidos. A enzima ATPase (Adenosina Trifosfato) é usada como fonte de energia e há geração de correntes elétricas que provocam movimentos mecânicos. Tudo isto ocorre no nível celular e simultaneamente em milhares de células.
– A inovação da Sony foi utilizar um processo biológico conhecido e desenvolver um dispositivo que captura com eficiência a energia elétrica gerada – diz. – A engenhosidade do dispositivo está na escolha de materiais bio-compatíveis para completar o ciclo (pólo positivo-pólo negativo e carga) da bateria. Este tipo de bateria poderá ser amplamente utilizada e até ser competitiva no futuro com as atuais baterias físico-químicas.
