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Pedágio e óleo diesel são as principais reclamações

As principais reclamações dos caminhoeiros estão relacionadas à cobrança dos pedágios e ao preço do litro do óleo diesel, que há um ano custava R$ 0,58 e hoje custa R$ 1,04, ou 79,3% a mais, o que reduziu a margem de lucro dos transportadores.

O caminhoneiro Luciano Rocha Martins, 28, conta que, dos R$ 1,4 mil ganhos por uma viagem de 1.300 quilômetros, R$ 800 são gastos com pedágio e óleo diesel. “A gente não tem mais condições de rodar e a situação nos obriga a parar”, afirmou.

Ele reclama ainda da redução do valor do frete nas viagens de volta para Araçatuba. “Muita gente se aproveita porque sabe que temos de retornar de qualquer jeito, com carga ou sem carga, e paga pouco pelo frete”, conta.

O caminhoneiro transporta açúcar da região para o porto de Santos e, de lá, volta com adubo. Na ida, ele recebe entre R$ 42 e R$ 44, mas na volta o preço do frete cai para R$ 20.

Já o transportador Luiz Manzatti, 58, reclama da falta de segurança nas estradas. “O governo só quer que a gente pague impostos, mas não faz nada pela gente”, afirmou.

Seu filho, Luís Fernando Manzatti, que também trabalha com transporte, conta que não foi apenas o preço do óleo diesel que subiu, mas também os custos de manutenção dos caminhões. A ressolagem de pneu, por exemplo, que custava R$ 120 no ano passado, passou a custar R$ 180, uma alta de 50%.Ele diz que se fatura R$ 1.900 em uma viagem de ida e volta, o lucro é de R$ 700. “Isso sem contar o desgaste do caminhão e ainda desviando de quatro pedágios”, disse. (Folha da Região)

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