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Microbiologia do solo: usina paraguaia revela como elevou rendimento de cana orgânica

Gestor agrícola da unidade produtora apresenta os detalhes hoje, às 19h

Microbiologia do solo ajustada garante a Otisa, do Paraguai, mais rendimento agrícola
Microbiologia do solo ajustada garante a Otisa, do Paraguai, mais rendimento agrícola

A manutenção da fertilidade do solo para o crescimento saudável e produtivo da cana-de-açúcar depende de uma microbiologia do solo adequada. Ao passo que a microbiologia interfere diretamente na fertilidade do solo. A parte viva e mais ativa da matéria orgânica é constituída, em sua maioria, pelos microrganismos e, sem eles, o solo se torna uma composição de areia, silte e argila.

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De acordo com estudos,  nas lavouras de cana-de-açúcar observa-se nos últimos anos a presença de microbiomas desequilibrados. Isso, devido à intensa mecanização, ausência de rotação de culturas, diversas aplicações de defensivos agrícolas e excesso de adubação mineral.

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Diante desse desafio algumas técnicas podem não só corrigir as necessidades do solo, como também elevar a produtividade da cana-de-açúcar. Podemos citar como exemplo, as práticas de manejo que aumentam o carbono orgânico do solo e a utilização de compostagem. Mas vale destacar também a adoção de produtos biológicos para reestruturação do solo.

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A Usina Otisa, do Paraguai, representa um caso bem-sucedido nesse aspecto com aplicação em cana-de-açúcar orgânica. De acordo com o engenheiro florestal, Gustavo Britos, o primeiro passo para ampliar a produtividade da cana e obter maior rendimento em toneladas de cana por hectare (TCH) passa em primeiro lugar por uma mudança na mentalidade do produtor em relação ao manejo dos micronutrientes do solo.

A importância de um solo vivo
Brito, da Otisa: é preciso uma mudança na mentalidade do produtor em relação ao solo

Segundo Britos, após uma profunda investigação sobre a microbiologia do solo da Otisa, veio o diagnóstico necessário para fazer as aplicações necessárias. “Por conta dos problemas que tínhamos começamos a investigar, dando lugar a um novo enfoque: queremos um solo vivo. Um solo com boa matéria orgânica é mais produtivo, não somente pelo conteúdo de matéria orgânica diretamente, mas por favorecer a presença e a ação de micro e macro-organismos”, explica o engenheiro florestal.

Ele apresentou os detalhes do caso bem-sucedido em cana orgânica da Otisa, do Paraguai, durante o painel Fertilidade & Microbiologia do Solo da 2ª Maratona CANABIO de Manejo Biológico & Sustentável de Cana-de-Açúcar.

Confira o vídeo completo:

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