Mercado

Gasodutos da Amazônia terão R$ 800 milhões do BNDES

Investimento total é de R$ 1,44 bilhão e abrange os trechos de Urucu a Coari e Coari a Manaus. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 800 milhões para a construção de gasodutos na Amazônia, cujo investimento total deve chegar a R$ 1,44 bilhão. De acordo com o banco, os recursos irão para a Transportadora Urucu Manaus S/A, sociedade de propósito específico criada para instalar os gasodutos para transporte de reservas de gás natural da Petrobras na bacia do Solimões.

“O projeto trará reflexos positivos para a balança comercial, ao possibilitar que o gás natural produzido na Amazônia substitua o consumo de óleo diesel, um derivado mais nobre, que ainda continua sendo parcialmente importado pela Petrobras”, informou o BNDES.

A bacia do Solimões, no sudoeste de Manaus, é responsável pela produção média de cerca de 60 mil metros cúbicos por dia de petróleo e de 9,5 milhões metros cúbicos diários de gás natural associado, de acordo com o banco. “O trecho do gasoduto entre Coari e Manaus terá 383 quilômetros, enquanto o duto para transportar o GLP de Urucu até o Terminal do Rio Solimões, em Coari, será construído com 279 quilômetros”, informou a instituição em comunicado.

Energia renovável

O BNDES estuda aumentar seu apoio para novas soluções no campo da energia renovável, informou o diretor Antonio Barros de Castro, ao participar, na semana passada, do seminário Bioeletricidade – A Segunda Revolução Energética da Cana-de-Açúcar. “Cada vez mais, em outros países, reconhecem que o Brasil encontrou uma solução realmente original, promissora, que pode ser uma grande opção para o mundo”, disse Barros de Castro. Em seu discurso ele esclareceu também que ainda não podem ser divulgadas as novas formas de apoio do BNDES à energia renovável, pois dependem antes de aprovação da diretoria.

“Não tenho dúvidas de que estamos ingressando em uma fase de renovação e de expansão do setor, principalmente das usinas”, analisou o diretor. A cana-de-açúcar é responsável por 14% da energia primária no Brasil, mas o álcool, seu principal produto energético, representa menos de 4% do consumo final de energia no país.

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