A produção de cana-de-açúcar na região Centro-Sul deverá alcançar 468 milhões de toneladas na safra 2008/09. Se a previsão da FCStone estiver correta, as usinas da região produzirão 43 milhões de toneladas a mais no ano que vem, considerando a estimativa de 420 milhões de toneladas divulgada pela Unica – União da Indústria de Cana-de-Açúcar, para a safra 2007/08.
O mix de produção deve continuar favorável ao álcool, em percentual um pouco maior ao verificado nesta safra, estimado inicialmente em 56% da cana para o álcool e 44% para o açúcar. Assim, a produção de açúcar deverá alcançar cerca de 28 milhões de toneladas. Já a de álcool será de aproximadamente 22 bilhões de litros.
De acordo com os analistas da FCStone, Luciana Silveira e Pablo Gimenez, com o avanço da venda de veículos flexfuel, o consumo doméstico do álcool poderá atingir média mensal entre 1,5 e 1,6 bilhão de litros na próxima safra. Isso se os preços do produto se mantiverem favoráveis frente aos da gasolina.
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Destacam-se nas exportações as commodities de soja e açúcar, enquanto na importação o fertilizante lidera a movimentação.
Mesmo com o crescimento do consumo, a previsão é de que a oferta será adequada. De acordo com a estimativa, as exportações de etanol não devem ultrapassar o volume da safra atual, em virtude do aumento da produção de etanol dos EUA, principal mercado para as exportações brasileiras até o momento.
EUA
A FCStone confirmou as previsões para a safra 2008/09 (que já havia sido anunciada), no Workshop Perspectivas da Indústria de Etanol nos Estados Unidos, realizado em Catanduva, SP, na semana passada, em parceria com a Biocana – Associação de Produtores de Açúcar, Álcool e Energia.
O evento reuniu empresários e executivos das áreas financeira, comercial e agrícola das usinas associadas à Biocana. As palestras tiveram como foco principal as perspectivas para o mercado mundial e brasileiro de açúcar e álcool, com ênfase nas estimativas de oferta e demanda para os principais países participantes do setor.
O evento abordou as perspectivas de produção de etanol nos EUA, as quais indicam um mercado ainda sobre-ofertado em 2008. Destaque foi dado às possíveis políticas de incentivo ao uso de biocombustíveis nos EUA, as quais podem criar oportunidades para o produtor brasileiro no longo-prazo.
Na etapa final do workshop, foi apresentado o cenário do mercado de milho nos EUA, em que os preços atingem níveis historicamente elevados, e suas implicações para a rentabilidade futura das indústrias de etanol americanas.
