Mercado

Bolsa de Nova York avalia lançamento de futuros para o etanol

A Nyse Liffe, bolsa que representa os negócios globais de derivativos com sede em Londres, está acompanhando de perto o desenvolvimento do comércio internacional para o etanol para avaliar o momento certo para criar um contrato futuro do etanol. A informação foi prestada pelo executivo da Nyse Liffe, Peter Blogg, durante encontro com associados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) na sede da entidade.

“Uma vez que houver uma maior padronização do etanol e fluxo suficientes para suportar um contrato futuro, certamente estaremos muito interessados em levar isso adiante”, disse Blogg. As alterações no contrato já haviam sido preliminarmente debatidas em encontro no fim de 2008, em Londres, com a presença do diretor-executivo da Unica, Eduardo Leão de Sousa, e alguns associados.

Segundo Blogg, o Brasil é um player importante no mercado de açúcar que movimenta diariamente sete mil contratos, de um total de 55 mil negociados todos os dias naquela Bolsa.

O Brasil é o principal exportador de açúcar do mundo. Estimativas indicam que na safra 2008/2009, o País foi responsável por mais de 40% das exportações mundiais e produziu 31 milhões de toneladas de açúcar. Segundo Blogg, 64% de das entregas físicas do contrato vêm do Brasil, dos quais 78% originam-se na região centro-sul.

O executivo da Liffe mostrou que após um colapso no fim de 2008, o número de contratos em aberto (sendo negociados) cresceu na primeira metade de 2009, chegando a aproximadamente 90 mil por dia em maio deste ano, como um reflexo da reação do mercado.

Estados Unidos

A combalida indústria de etanol dos Estados Unidos ganhou novo fôlego na semana passada, quando seus aliados no Congresso norte-americano deram um passo significativo para impedir o governo federal de impor restrições que as usinas consideram uma ameaça à sua sobrevivência. A legislação dos EUA condiciona o avanço dos biocombustíveis no país a reduções substanciais nas emissões dos gases que contribuem para o aquecimento global, e a Agência de Proteção Ambiental (EPA) propôs a adoção de novos critérios para avaliar o impacto dos vários tipos de biocombustível.

Na semana passada, a bancada que defende os interesses dos fazendeiros americanos no Congresso convenceu os aliados do governo no Partido Democrata a interromper esse processo, suspendendo por cinco anos a adoção da metodologia proposta pelos ambientalistas.

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