A Associação dos Plantadores do Médio Tietê (Ascana) estima para a safra deste ano a moagem de 8,4 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. A mecanização nas lavouras, que aumenta a cada ano, deve excluir cerca de 1.200 vagas para cortadores nas áreas abrangidas pela associação.
De acordo com o gerente operacional da Ascana, Élio Pires de Camargo, 13 novas unidades de máquinas colhedoras de cana estarão em uso nesta safra. Cada máquina faz o trabalho de 80 a 100 cortadores. “Acredito que, no ano que vem, também tenha este crescimento de máquinas em função da necessidade da eliminação da queima (da palha)”, confirma Camargo.
O presidente da Ascana, Hermínio Jacon, estima que deve ser moída neste ano quase uma tonelada a mais de cana do que no ano passado. “Nós estimamos mais de 8,4 milhões de toneladas a colheita da cana de açúcar nesse ano”, revela.
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Apesar do aumento, a quantidade de área plantada deve permanecer praticamente a mesma, conforme explica Camargo. “Entre estes 8,4 milhões previstos, está vindo uma cana da região de Avaré, onde existe um projeto de construção de duas usinas. O aumento de área plantada, portanto, é muito pequeno. Nesta safra, o aumento de área é de mais ou menos 3 mil hectares”, detalha.
Segundo ele, na safra passada foram moídas 7,336 milhões de cana-de-açúcar nas usinas do Grupo Zilor, localizadas nos municípios de Lençóis Paulista e Macatuba. O total de área plantada ficou em 102 mil hectares. Neste ano, portanto, não deve ser maior do que 105 mil hectares.
A Ascana possui atualmente cerca de mil produtores diretos. Ao contrário de outras regiões, a colheita da safra neste ano está programada para começar no dia 15 de abril. “Nós combinamos com as unidades industriais e vamos começar dia 15 de abril aqui em Lençóis Paulista”, confirma Jacon.
As lavouras que integram os associados estão espalhadas por Boracéia, Pederneiras, Macatuba, Areiópolis, Pratânia, Avaré, Lençóis Paulista, Águas de Santa Bárbara, Domélia, Agudos, Borebi e Piratininga. (Davi Venturino)
