Mercado

Andef prevê venda até 15% menor

A expectativa de redução de área nas culturas do milho, algodão e cana-de-açúcar e a estiagem no Rio Grande do Sul devem ter impacto negativo nas vendas de defensivos agrícolas em 2009. A projeção da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef) para este ano é de queda de 10% a 15% na comercialização em relação a 2008, quando o mercado representou 7 bilhões de dólares. Segundo o diretor executivo da associação, José Otávio Menten, a restrição de recursos é outro fator que deve influenciar. “Se o agricultor não tiver crédito, não vai investir em tecnologia.” Ele acrescenta, no entanto, que há uma expectativa de recuperação no segundo semestre, com base na melhoria nas vendas apresentada em abril, o que ainda dependerá de as quedas no milho safrinha e no algodão não serem tão grandes quanto o setor espera. Em 2007, as vendas cresceram 36% e, em 2008, 25%.

Caso as proj eções de quebra se confirmem, o Brasil pode perder o posto de maior mercado para o setor de defensivos. “Mas também há problemas em outros países como na Argentina e nos Estados Unidos”, pondera.

O Rio Grande do Sul respondeu por 11,7% das vendas do segmento em 2008, atrás do Mato Grosso, do Paraná e de São Paulo. Ele explica que o uso é maior no Brasil devido ao clima tropical, favorável ao desenvolvimento de doenças como a ferrugem da soja. “Se não usássemos defensivos, teríamos redução de 50% na produção”, projeta.

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