A abertura de nova cota de exportação de açúcar branco pelos Estados Unidos neste mês está aquecendo os preços pagos pelo produto brasileiro. O ágio oferecido no porto de Santos, que estava em torno de US$ 50 por tonelada, elevou-se na última semana para US$ 60. “Nesta época do ano somente o Brasil oferta esse tipo de açúcar. Usinas já nos relataram interesse de traders americanos”, diz Carlos Costa, consultor de gerenciamento de risco da FCSTone.
Por problemas de oferta, os Estados Unidos abriram cota para importar 300 mil toneladas neste mês. O anúncio intensificou a diferença entre as cotações dos açúcar bruto (VHP) na CME Futures (antiga Nybot) e do refinado na Bolsa de Londres (LSE). “Na média histórica, as duas cotações diferem entre US$ 50 e US$ 60 por tonelada. No final da semana passada, chegou a bater US$ 117”.
Fabiana Batista
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Destacam-se nas exportações as commodities de soja e açúcar, enquanto na importação o fertilizante lidera a movimentação.
Ainda que o Brasil não exporte diretamente aos EUA, a cota maior a outros exportadores vai beneficiar indiretamente o País. “Teremos mais espaço em outros mercados, como os da Ásia”, avalia Michael Betenson, diretor comercial da trading Crystalsev.
