Mercado

Setor sucroenergético pode investir mais de R$ 5 bi em Goiás

O setor sucroenergético em Goiás avança e conquista novos territórios. A estimativa é que, até 2011, o setor sucroenergético invista aproximadamente R$ 5 bilhões em Goiás, segundo a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Seagro/GO.

A expectativa da Sagro é de que, superadas as atuais 36 plantas de etanol em funcionamento, com a implantação de mais 100 usinas, Goiás alcance São Paulo, que tem 160 unidades.

Novas possibilidades de investimentos e de aumento da produção, resultado do modelo de zoneamento da cana-de-açúcar proposto pelo governo federal, também incrementam a atividade em solo goiano.

Com o zoneamento, a esperança dos produotores e empresários é que seja reduzida a resistência à entrada do etanol brasileiro no mercado externo. Paralelamente, a adoção da medida deve contribuir para assegurar maior produtividade, já que disciplina a produção. Tema em debate por setores da sociedade civil organizada.

A Seagro destaca como atrativos para os investidores, a topografia, solo plano e clima favorável, e o fato da cana ocupar apenas 1,15% da área plantada do Estado, que se dedica também à produção de soja. “Em resumo, o potencial de crescimento da atividade é uma perspectiva altamente lucrativa”, salienta o secretário Leonardo Veloso, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado de Goiás (Seagro).

Com base em números da safra 2009/10, o percentual de variaçao do estado na área cultivada de cana-de-açúcar foi de 29,5%. Hoje, Goiás ocupa a quarta posição no ranking nacional da produção sucroalcooleira, a área colhida e destinada à produção corresponde a 520,3 mil hectares, de acordo com a Seagro/GO.

Em todo o País, a área é de 7,5 milhões de hectares (estimativa),segundo o terceiro levantamento da safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), entre os dias 27 de novembro e 5 de dezembro.

Em relação ao processo de expansão da cana em Goiás, Veloso disse que o Estado está em vantagem devido à forma de implantação da cultura. “Na maioria dos Estados, incentivamos as usinas a comprar a cana do produtor, que gasta dinheiro no comércio local, movimentando a economia da região”, diz.

O secretário destacou, ainda, que o Fundo Constitucional de Desenvolvimento do Centro-Oeste (FCO) financia parte da produção aos produtores rurais integrados às usinas. Com isso, a União deve investir em instalação de usinas por meio da recém-criada Petrobras Biocombustíveis, com a projeção de pelo menos cinco novas usinas no curto prazo. A iniciativa visa a produção de 200 milhõese de litros de etanol. “Com isso, Goiás fica fortalecido no cenário produtivo da cana-de-açúcar”, destaca.

Banner Revistas Mobile