Mercado

Setor sucroalcooleiro do NE e sua inserção social

Muito se tem falado sobre a cogeração a partir da biomassa, notadamente o bagaço de cana. Neste contexto, podemos afirmar que o Brasil tem um enorme potencial e se houver uma parceria séria entre o Governo e a iniciativa privada, o setor de co-geração pode deslanchar de forma definitiva. Ao Governo caberá implementar incentivos, regulamentar, regular e fiscalizar, e ao investidor privado, buscar as inúmeras oportunidades existentes.

As vantagens são enormes, pois desde a terra, tudo é nacional: mão-de-obra, equipamentos e matéria prima, ou seja, tudo é pago em real. Neste sentido, não existe a menor dúvida que o setor sucroalcooleiro é o que tem maior volume de biomassa e larga experiência em co-geração. Soma-se a isso as facilidades do Proinfra e a receita extra que poderá ser obtida com os créditos de carbono da ordem de 10% sobre os resultados.

Entretanto, quando falamos em cogeração a partir do bagaço de cana temos que levar em consideração as divisões regionais: Sul-Sudeste, Norte-Nordeste e Centro-Oeste. A divisão que se observa não é somente geográfica, é principalmente de ordem empresarial. Se um de um lado, temos as indústrias do Centro-Sul que investem pesado em novas tecnologias e no social, o mesmo não se vê na maioria das usinas do Nordeste. Enquanto a maior parte das usinas do Centro-Sul estão aptas para a cogeração, no Nordeste esse número não chega a 20%. (Gazeta Mercantil)

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