Mercado

Setor poderá ter uma renacionalização

A disposição de grupos internacionais de energia em se desfazer de subsidiárias brasileiras, arrematadas durante os leilões de privatização e que hoje estão com a saúde financeira comprometida, tem despertado a atenção de empresas nacionais, como GP e Docas Investimentos e até mesmo a Companhia Vale do Rio Doce. Mas a mudança no controle acionário está vinculada às vantagens que os compradores vão ter. Além de pagar um preço baixo, talvez simbólico, por causa do alto grau de endividamento, elas querem reestruturar o passivo das elétricas à venda, principalmente, com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

“Ninguém vai pôr dinheiro nas empresas se não tiver garantia para recuperar o investimento”, afirma o ex-diretor da Agência Nacional do Petróleo (ANP) David Zylbersztajn. Segundo ele, o próximo governo tem interesse nesse tipo de negociação. Primeiro, porque não interessa reestatizar o setor, e segundo, porque se trata de uma renacionalização do segmento. Ele diz que um dos problemas da privatização era a questão da remessa dos resultados das empresas para suas controladoras no exterior. (O Estado de SP)

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