Mercado

Setor na política externa

O setor sucroalcooleiro terá importância estratégica no futuro governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, com uma melhor definição como matriz energética e ainda fonte de renda na política externa nacional. A confirmação é do coordenador do governo de transição, o prefeito de Ribeirão Preto, Antonio Palocci Filho. Ele definiu como imprescindível que o setor sucroalcooleiro tenha condições de ampliar sua contribuição na geração de renda e emprego. O setor consta ainda na pauta da política externa que o futuro governo pretende adotar, valorizando o álcool e o açúcar como produtos de exportação e retirando da cana todo o seu potencial também como bio-massa para a geração de energia elétrica, por exemplo.

Esse é dos pontos da política externa de equilíbrio e justiça como meio fundamental para que o governo do presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, consolide seu projeto de desenvolvimento nacional alternativo, procurando superar a vulnerabilidade do País diante da instabilidade dos mercados financeiros globais. Esta foi a definição para os mercados do coordenador de transição do governo Antonio Palocci Filho. Ele é o responsável pela transição do atual para o governo do Partido dos Trabalhadores que vai tomar posse no dia primeiro de janeiro do próximo ano.

As declarações de Palocci foram feitas numa entrevista coletiva à imprensa no complexo de engenharia que finaliza as obras para tratamento de esgoto da cidade do interior paulista, com quase 600 mil habitantes, e reúne capital privado brasileiro e espanhol. Ele resumia as expectativas sobre o governo de transição anunciando que todos os setores da sociedade terão espaço nas discussões do governo de transição, particularmente representantes da agroindústria.

“Num mercado internacional que também vem sofrendo restrições em face do crescente protecionismo, a política externa será indispensável para garantir a presença soberana do Brasil no mundo”, advertiu Palocci. Ele advertiu para a necessidade de revigorar o Mercosul, transformando-o em uma zona de convergência de políticas industriais, agrícolas, comerciais, científicas e tecnológicas, educacionais e culturais. Ao mesmo tempo condenou a forma como vem sendo tentada implantar a Alca (Aliança de Livre Comércio das Américas), até mesmo em detrimento do relacionamento comercial com outros continentes, como o Europeu.

Para o homem que agora fala em nome do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, “o Brasil buscará a intensificação das relações econômicas, políticas e culturais com todo o mundo, do Mercosul ao Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA), a União Européia e o bloco asiático em torno do Japão”. Recorrendo ao Plano de Governo do Partido dos Trabalhadores, afirma que “a política externa será um meio fundamental para que o governo implante um projeto de desenvolvimento nacional alternativo, procurando superar a vulnerabilidade do País diante da instabilidade dos mercados financeiros globais”.

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