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Sete perguntas para Renato Cunha

Sete perguntas para Renato Cunha
  1. O setor nordestino e pernambucano como um todo sofre mais os efeitos da crise que o Sudeste e Centro-Oeste atravessam? Por quê?

    Existem duas agendas, a nacional e a local. A primeira e acarreta adversidades para todos, uma vez que estão nos submetendo ao atrelamento a preços irreais, artificialmente contidos da gasolina, com uma política imprevisível para a precificação. A local é muito dependente de clima, da hora de chover, com os atrasos comprometendo o desenvolvimento do potencial agrícola. Isso ocorre com frequência no Nordeste. Além disso, temos questões regionais de topografia. As regiões produtores de cana no Nordeste apresentam topografia acidentada e isso se reflete num custo de mão de obra mais elevado. No Centro-oeste e Sudeste, os canaviais estão em regiões planas, o que permite a mecanização. Nesse contexto, é uma distorção o governo federal pouco valorizar quem gera mais empregos. Todo o esforço do setor em prover emprego agrícola – até com melhores condições do que os empregos gerados nos centros urbanos – não tem reconhecimento pelo poder público federal. Não existe, por exemplo, política pública para a compra de equipamentos individuais de proteção; os EPIs. Em resumo, se criam muitos custos e zero de reconhecimento, estímulo e cooperação.

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