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Segurança preocupa organizadores do encontro mundial em Davos

Os debates em torno dos rumos da economia mundial tendem a ser as vedetes do Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), que será realizado entre hoje o próximo domingo. Mas se há um assunto que preocupa tanto os organizadores do evento, quanto o conteúdo das discussões, é a segurança dos participantes e da pequena cidade, localizada nos Alpes suíços.

O governo local destacou 4,7 mil soldados para monitorar e combater excessos nas manifestações contrárias ao fórum e à globalização e, até mesmo, barrar possíveis atentados terroristas. Em casos extremos, existe a possibilidade de até 6 mil homens trabalharem.

Nos últimos anos, em função dos ataques terroristas nos Estados Unidos, o rigor referente à entrada das pessoas em Davos cresceu. Amanhã, por exemplo, quem chegar de ônibus ou trem terá de descer alguns quilômetros antes da cidade e passar por revista policial. Outra medida de segurança é a proibição de vôos pela cidade. O governo da Áustria, país que faz fronteira com a Suíça, também ajudará a controlar o espaço aéreo da região.

Mesmo com todas essas precauções, há o receio de que distúrbios de grande porte ocorram em outras cidades, como Berna, capital da Suíça, e Zurique, que está a aproximadamente 150 quilômetros de Davos. Especialistas em segurança temem que a concentração de soldados na sede do fórum acabe por desproteger essas localidades.

O assunto é tratado de modo tão sério que alguns nomes, de executivos ou personalidades que irão participar da reunião, não foram divulgados pela organização do fórum para não chamar a atenção de militantes anti-Davos. Entretanto, a presença de algumas celebridades é certa. É o caso do ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, e de 30 primeiros-ministros, como os da Turquia e do Irã. O vice-presidente americano, Dick Cheney, também é aguardado. A presença dele, em especial, pode estimular debates sobre segurança mundial. Prevê-se que os recursos investidos no combate ao terrorismo em todo o planeta e as despesas com a ocupação do Iraque venham a ser colocadas na roda e discutidas em Davos. (Fonte: Agência Brasil)

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