A fala da autoridade veio apesar de a Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês) esteja avaliando petições de vários Estados solicitando que o país suspenda a mistura obrigatória de etanol de milho na gasolina. “Eu já transmiti e continuarei transmitindo para a administradora (da EPA) Lisa Jackson e outras autoridades do órgão o meu apoio a esta indústria”, afirmou Vilsack a um grupo de produtores de etanol.
A mistura obrigatória de etanol na gasolina, que integra o Padrão de Combustível Renovável dos EUA, exige das usinas que misturem cerca de 13 bilhões de galões de etanol produzido a partir do milho na gasolina este ano.
Representantes da indústria de carnes têm sido os oponentes mais veementes da mistura obrigatória, reclamando que ela torna a ração mais cara ao tirar o milho do mercado. A seca extrema neste ano exacerbou o aperto do mercado de milho, impulsionando os preços ainda mais. Em seu último relatório mensal de oferta e demanda, o Usda reduziu a estimativa de produção de milho este ano em mais de 2 bilhões de bushels.
Notícias Relacionadas
Usinas
Porto de Paranaguá alcança Recorde de Movimentação em 24 Horas
No período de 20 a 21 de abril, o Porto de Paranaguá atingiu um marco histórico ao movimentar mais de 146 mil toneladas de soja no Corredor de Exportação Leste. Essa marca representa um aumento de 5% em comparação ao recorde anterior, registrado em agosto de 2019 (138.988,98 toneladas). Luiz Fernando Garcia, diretor-presidente da Portos […]
Mercado
Estudo inédito destaca o Brasil como protagonista da transição energética nos transportes
O Brasil dá um passo significativo em direção à mobilidade sustentável com a formação do Acordo de Cooperação Mobilidade de Baixo Carbono para o Brasil (MBCB). A iniciativa busca impulsionar a transição energética limpa, economicamente viável e socialmente responsável do setor de transportes do Brasil, respeitando a neutralidade tecnológica e estimulando a neoindustrialização. O MBCB […]
Um dos governadores que solicitou ao EPA a suspensão da mistura obrigatória foi Bob McDonnell, do Estado da Virginia. Ele submeteu a petição em 27 de agosto. “Embora a seca severa que a nossa nação tem experimentado seja um fator subjacente nas condições econômicas atuais, o prejuízo direto tem sido causado pela exigência do Padrão de Combustível Renovável de usar quantidades cada vez maiores de milho e soja na produção de combustível, aumentando severamente os custos de produção de alimentos e exaurindo ainda mais a oferta já restrita de grãos”, defendeu McDonnell.
Vilsack disse, no entanto, que seu apoio à indústria de etanol não diminuiu e que não acredita que a suspensão da mistura contribuiria muito para redução dos preços do milho. Embora o EPA seja responsável pela decisão sobre as petições, o Usda atua como consultor para a tomada de decisão. “Não quero que as pessoas saiam daqui pensando que há qualquer desistência, por parte do Usda, do apoio a essa indústria”, defendeu Vilsack, em discurso aos produtores de etanol.
