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Santana é mais econômico com GNV

Em um momento em que o álcool volta a ter sucessivos aumentos, despertando desconfiança de muitos consumidores, carros a gás natural veicular (GNV) podem ser uma alternativa interessante para quem busca economia. Quem aposta nessa combinação é a Volkswagen, que oferece a versão 1.8 do Santana movida a gasolina e GNV.Compreço básico de R$ 36.420, o carro pode receber o kit deGNVemuma oficina credenciada pela montadora, o que custa maisR$ 3.127.Avantagem é que a garantia do modelo é mantida, o que não ocorre quando o consumidor opta por um kit em oficina independente. O Santana mostrou bom nível de consumo para seu tamanho.

A média urbana ficou em 9,3 km/l com gasolina. Dessa forma, sua autonomia ficaria em torno de 665 quilômetros – seu tanque tem capacidade para 72 litros. Com GNV, o consumo ficou em 10,9 km/m³. Nesse caso, omodelo poderia rodar aproximadamente 163,5 quilômetros, já que a capacidade do cilindro é de 15 m³.

O resultado deixa claro que o ideal continua sendo rodar com GNV, cujo preço médio na Grande São Paulo é de R$ 1,068/m³, contra R$ 2,14/litro de gasolina – dados do InformEstado. Para encher o tanque com o combustível líquido, o dono do carro gasta R$ 154,51, valor que cai para R$ 16,02 para abastecer o cilindro uma vez e que fica em R$ 80,10 para abastecê-lo cinco vezes – somando 75 m³ de gás, contra 72 litros de capacidade do tanque. RODANDO OSantana continua agradando, apesar de ultrapassado. O carro tem mobilidade razoável, até por causa do seu peso (1.181 quilos, sendo 95 kg do kit de GNV) para um motor 1.8.

De qualquer forma, ele passa a responder bem a partir das 3.500 rpm, seja qual for o combustível usado. A diferença é que, com gás natural, o modelo fica mais lento, demorando mais para atingir essa faixa de giros favorável. No trânsito isso não chega a incomodar. O motorista sente mesmo a diferença em estradas, principalmente em ultrapassagens. Com gasolina, o motor 1.8 rende 89 cv de potência a 5.250 rpm e 14,8 mkgf de torque a 2.750 rpm, números que caem para 75,6 cv a 5.000 rpm e 12,1 mkgf a 3.000 rpm com GNV.

O sistema que equipa o sedã é como qualquer outro, como cilindro roubando um bom espaço do porta-malas, que cai de 413 para 302 litros. Perto do motor estão a válvula de abastecimento, o manômetro, o redutor de pressão e todos os outros componentes do kit. O grande diferencial do Santana para outros carros convertidos está na parte interna. A tecla que permite a seleção de gasolina ou de GNV fica no painel central. Quando a lâmpada que a ilumina emite luz mais forte, o motor está trabalhando com gasolina. Quando a iluminação está mais fraca, o carro está rodando com GNV. Até aí, sem grandes novidades. O interessante mesmo é que o marcador de combustível original, no painel de instrumentos, serve para indicar a quantidade dos dois combustíveis – o Chevrolet Astra, por exemplo, conta com um indicador luminoso específico para o gás, enquanto o Fiat Siena traz um marcador digital que mostra quanto resta de GNV. Bom por um lado e péssimo por outro: o problema é que se o condutor muda de combustível com o carro em movimento, o marcador pode levar até 30 minutos para indicar seu nível.

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