A Usina Santa Cruz finalizou a safra 2007/08 com moagem de 3,37 milhões de toneladas de cana, ligeiramente superior aos 3,27 milhões de toneladas do ciclo anterior.
Para o gerente agrícola, Marcio Nono, a safra teve bons resultados nos principais indicadores, como nas operações mecanizadas. “Com mudanças estratégicas no planejamento, conseguimos manter o orçamento agrícola dentro da necessidade que os preços do etanol e do açúcar nos permitem e as dificuldades foram superadas com a dedicação da equipe”, diz.
Na área industrial o desafio era manter o desempenho do ano anterior, com um aumento de moagem horária. De acordo com o gerente industrial, Marcos Mônaco, o objetivo era moer 20 mil toneladas de cana por dia, mas alguns problemas operacionais dificultaram o resultado da eficiência industrial.
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Destacam-se nas exportações as commodities de soja e açúcar, enquanto na importação o fertilizante lidera a movimentação.
“Tivemos ótimos períodos de moagem, com aproveitamento de tempo muito bom, mas ainda precisamos fazer ajustes no processo para termos um desempenho de moagem estável no período total de safra”, disse.
Para a próxima safra, a Santa Crus terá que enfrentar os desafios impostos pelo mercado. De acordo com o gerente de logística, Rodrigo Tetti, a perspectiva é de que os preços continuem reduzidos e, por esse motivo, a empresa intensificará o foco na eficiência e redução de custos. “Precisamos superar esses desafios para sermos muito bons nas operações dos nossos processos e aproveitar as oportunidades que enxergamos para os anos de 2009 e 2010”, afirma.
Termoelétrica
A Santa Cruz mantém o cronograma de construção da nova termoelétrica. Os equipamentos da primeira fase de entrega foram comprados e as empresas responsáveis pela instalação já estão contratadas.
Para abastecer a caldeira de alta pressão, que exige que a qualidade da água seja mil vezes mais pura, a empresa concluiu a implantação do novo sistema de tratamento de água por osmose reversa, tecnologia de ponta que está sendo usado pelo setor sucroalcooleiro.
Para atender aos critérios de controle da pureza da água, que passaram a ser ainda mais rigorosos, o laboratório da usina adquiriu o aparelho HACH – DR 5000, responsável pela análise de elementos químicos.
A equipe técnica da qualidade e utilidade foi treinada pelas empresas fornecedoras. Também houve uma melhoria no sistema de condensado, no qual a reposição de água será menor. Conseqüentemente, o novo processo provocará a diminuição dos impactos ao meio ambiente causados pela captação de água.
Mecanização
A Santa Cruz adquiriu duas plantadoras e dois tratores para iniciar, em fevereiro, o plantio mecanizado. Com isso, a empresa pretende reduzir custos e tempo, aumentando a competitividade. Na etapa inicial, as máquinas vão rodar cerca de dez horas por dia, plantando de oito a dez hectares. Em maio, após a aquisição de novos equipamentos, as máquinas deverão rodar nos três turnos, 24 horas, e plantar cerca de 40 hectares por dia.
De acordo com o coordenador de fundação e lavoura, Gustavo Montanare, a expectativa é aproveitar a máquina da melhor maneira possível, levando em consideração as condições de relevo e variedades a serem plantadas. “O mercado exige que as empresas sejam cada vez mais competitivas e a mecanização é uma aliada nesse processo”, explica.
