Mercado

Sanidade Vegetal vira questão estratégica com a globalização

A importância da fitopatologia como ferramenta de proteção do agronegócio nacional foi um dos destaques do XXVII Congresso Paulista de Fitopatologia, realizado no Instituto Agronômico — IAC, em Campinas. Durante o evento – que reuniu 400 estudantes e profissionais da área, de 10 a 12 de fevereiro -, a sanidade vegetal foi apontada como um questão estratégica no processo de globalização que aumenta a possibilidade de transferência de patógenos com a intensificação do comércio de produtos agropecuários entre diversos países.

Na opinião de José Sidnei Gonçalves, coordenador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios — APTA, existe a necessidade da implantação de um sistema de proteção do produto nacional, para evitar que seja abalada a estrutura do agronegócio, setor que representa um terço do Produto Interno Bruto — PIB do Brasil e emprega 38% da mão-de-obra. “Precisamos de equipes científicas em várias regiões com competência para proteger a produção nacional porque está em jogo a competitividade do País nessa área”, ressaltou.

Entre os diversas temas da fitopatologia abordados no Congresso, o pesquisador Armando Bergamin Filho, da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo — Esalq/USP fez um histórico sobre a incidência de doenças no Brasil na época em que a agricultura ainda era uma atividade de subsistência. Na cana-de-açúcar – segundo Bergamin Filho – o mosaico, por exemplo, foi responsável pela significativa redução da produção na década de 20.

Banner Revistas Mobile