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Recuperação judicial pode ser saída, e honrosa

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Apesar do processo de recuperação judicial ser estigmatizado no Brasil, os especialistas concordam que é um processo saudável que pode evitar a falência da empresa e oferecer garantias para todos os envolvidos da cadeia produtiva sucroenergética que passa por dificuldades financeira. “Recuperação judicial e crise no setor sucroenergético” foi tema do último “Encontros ProCana”, acontecido no dia 21 de setembro, em paralelo ao XI Seminário do Gerhai, em Ribeirão Preto, SP. O evento reuniu Fernando Perri, gerente geral do Grupo Bertolo, Bruno Kurzweil de Oliveira, advogado do escritório Felsberg e Associados e Marcos Françóia, diretor da MBF Agribusiness. As empresas trabalham juntas no plano de recuperação judicial do Grupo Bertolo e de outras do segmento sucroenergético.

Para Marcos Françóia, a situação é tão grave, que 15% a 20% das empresas, segundo a mídia, estão caminhando para uma situação de insolvência e precisa de ações rápidas para evitar a falência. “Há cinco anos tivemos outra perspectivas e muito dinheiro foi por água abaixo. E chegou a crise de 2008 e muitos investimentos não saíram do papel, o dinheiro acabou e deixou-se de investir, principalmente nos canaviais”, revela.

Ainda de acordo com Françóia, os dois próximos anos anunciam grandes dificuldades para o setor. “O fardo está pesado e cheio de dívidas caras. A crise também chegou no setor de bens de capital e está levando diversas empresas para a recuperação judicial, principalmente em Sertãozinho (SP) e em Piracicaba, SP. Nessas regiões cerca de cinco empresas pediram recuperação judicial e até o final do ano, o número deverá triplicar. No final da safra quando as usinas não pagarem o que devem e não existir novas encomendas, a situação será insustentável”, afirma.

Leia matéria completa na edição 226 do JornalCana.

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