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Propostas insatisfatórias travam venda da BP Bunge Bioenergia

A BP que integra a joint venture, tem a preferência e pode comprar a fatia de sua sócia

Propostas insatisfatórias travam venda da BP Bunge Bioenergia

O processo de venda da BP Bunge Bioenergia, joint venture formada pela americana Bunge e pela petroleira britânica BP deverá ser formalmente cancelado, porque as propostas até então apresentadas, não foram consideradas satisfatórias pelos controladores da empresa, segundo matéria publicada na edição de quarta-feira, dia 01, pelo jornal Valor Econômico.

As propostas de interesse na aquisição partiram da Raízen e do Fundo Soberano de Abu Dhabi, Mubadala, que assumirá o controle da Atvos. O valor apresentado pelo Mubadala teria ficado abaixo do pedido pelas controladoras. Já a Raízen fez uma proposta que incluía a troca de ações – em um modelo similar ao visto na compra da Biosev, em 2021 –, o que não seria de interesse dos acionistas da BP Bunge.

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Presente em cinco estados brasileiros, a BP Bunge Bioenergia conta com 11 unidades agroindustriais e tem capacidade para processar anualmente 32,4 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. O grupo produz cerca de 1,7 bilhão de litros de etanol, 1,7 milhão de toneladas de açúcar e 1,4 mil GWh de geração de energia/ano. Estima-se que a BP Bunge esteja avaliada entre R$ 9 e 10 bilhões de reais. Na safra 2021/22, o lucro líquido da companhia foi de R$ 1,7 bilhão.

A BP deve continuar negociando sua saída do negócio com a Bunge: a ideia seria que a multinacional assumisse totalmente a empresa. Outra possibilidade seria a incorporação da joint venture ao departamento de biocombustíveis da BP.

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