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Programa "Agricultura de baixo carbono" financia produtor de cana

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As contratações do crédito rural para o Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC) totalizam R$ 600,6 milhões entre julho e setembro deste ano. Um dos beneficiados foi oprodutor de cana, Luiz Carlos Teixeira, 52 anos, que desenvolveu o projeto com o apoio da Emater mineira para plantar eucaliptos e fazer a recuperação de pastagens em 43 hectares de uma propriedade localizada no município de Curvilo, no centro-norte de Minas Gerais. Teixeira conta que a área onde ocorrerá o plantio é um terreno degradado, onde foi feito o desmatamento para brotar pastagem para o gado. “Com o plantio de eucalipto e de pastagem vamos recuperar a área e isso graças aos recursos que virão da linha de financiamento do Programa ABC”, disse.

Além de enxergar o fator econômico no plantio de florestas, como forma de diversificar sua produção baseada na plantação de cana-de-açúcar, na produção de leite e gado de corte, Teixeira defende a prática como forma de diminuir a pressão pelo desmatamento da região. Os R$ 192 mil, com três anos de carência, serão aplicados na produção sustentável, assim, segundo ele, se protege aquelas áreas que ainda não foram cortadas.

Os números mostram que os financiamentos do Programa representam 17,7% dos R$ 3,4 bilhões autorizados ao programa para a safra 2012/13. No total, a agricultura empresarial somou R$ 26,5 bilhões nos meses de julho a setembro deste ano e superou em 14,7% o volume contratado em igual período no ano passado, que foi de R$ 23,1 bilhões, segundo dados do Departamento de Economia Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), nesta terça-feira, dia 06 novembro.

O desembolso representa 23% do montante de R$ 115,2 bilhões programados para o ano-safra 2012/2013.

A região Sudeste é a que mais buscou crédito do Programa ABC para financiar as lavouras. Com juros mais baratos, os agricultores tomaram R$ 8,4 milhões. O destaque do Sudeste é o estado de Minas Gerais que no período contratou R$ 10,2 milhões.O fortalecimento do ABC para melhor atender o seu objetivo, entre os quais a recuperação de pastagens degradadas, veio por meio de mais recursos e da redução da taxa de juros que passou de 5,5% para 5% ao ano.

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