Mercado

Produtores defendem marketing nacional para álcool

Os produtores de açúcar e álcool que palestraram na conferência “Posicionamento Estratégico do Setor Sucroalcooleiro – Safra 2004/2005” ocorrido no último sábado no Hotel JP em Ribeirão Preto defenderam que o álcool deveria ter uma maior penetração nas mídias nacionais.

A conferência encerrou o II Seminário com o mesmo tema promovido pelo PECEGE/ESALQ/USP, em parceria com a UDOP; Alcopar/Sialpar/Siapar; Sifaeg/Sifaçucar; e Canaoeste. O evento teve ainda o apoio do Unibanco; Safra Commodities; David Açúcar e Álcool;GE/Betz; BM&F; e Dedini e Indústrias de Base.

Palestraram sobre o tema os empresários: Luiz Guilherme Zancaner presidente da UDOP; Paulo Zanetti da Alcopar/Sialpar/Siapar; Maurílio Biagi Filho, presidente das Usinas Moema e Cevasa; José Pessoa de Queiroz Bisneto, do Grupo J.Pessoa; e Manoel Carlos de Azevedo Ortolan da ORPLANA.

Também participou do evento representando o Ministro da Agricultura Roberto Rodrigues o diretor de açúcar e álcool do Ministério da Agricultura Ângelo Bressan Filho, que em seu discurso defendeu que o setor fosse mais agressivo na publicidade e que criasse uma imagem diferente aos consumidores.

Além de maiores investimentos em marketing os palestrantes também defenderam uma maior organização do setor e a criação de um sistema de inteligência a fim de detectar quais são as necessidades internas e externas do mercado de álcool e açúcar, bem como a não divulgação dos dados sobre as safras futuras. “Todo ano já entramos no mercado derrotados, pois todos sabem o quanto vamos produzir. Eu não conheço na história nenhum outro setor que dá o ouro ao bandido desta forma, alguém já viu, por exemplo, a Coca-Cola dizer o quanto vai fabricar, ou mesmo outras empresas de grande porte?”, questionou o empresário José Pessoa em sua palestra.

Os palestrantes, todavia, discordaram sobre a existência ou não de uma crise no setor. Para alguns a crise se firmará entre este e o próximo ano (2004 e 2005), enquanto para outros ainda é cedo para afirmar se haverá ou não uma super produção nesta safra, que seria a causa, na visão de todos, de uma possível crise.

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