Mercado

Processo do açúcar na OMC dá novo rumo ao setor

O mercado internacional de açúcar ganhou novo rumo no ano passado, quando a Organização Mundial do Comércio (OMC) deu ganho de causa o processo aberto pelo aberto pelo Brasil, Austrália e Tailândia, no órgão, contra a política de subsídios ao açúcar da União Européia. No início de março, a OMC deverá dar seu parecer final ao caso, após apelação do bloco.

Tudo leva a crer, segundo analistas ouvidos pelo Jornal Cana, que a OMC deverá manter a decisão favorável aos três países, determinando à UE mudanças no seu regime de açúcar.

O efeito desta decisão na prática não muda substancialmente o cenário internacional de açúcar. O Brasil deverá avançar em parte dos mercados ocupados pela União Européia no mercado internacional.

Patrick du Genestoux, presidente da consultoria francesa Concilium, acredita que somente os agricultores competitivos da Europa deverão continuar a exportar açúcar. Segundo Genestoux, a França é um dos poucos países competitivos do bloco com condições de se manter no mercado internacional.

Em julho, o bloco europeu começa a dar diretriz à reforma de seu regime de açúcar. A Comissão Européia deverá reduzir em 40% os subsídios pagos aos agricultores, o que deverá resultar na menor produção de açúcar.

A produção da Europa nesta safra está estimada entre 18 milhões a 19 milhões de toneladas, para um consumo interno em torno de 16 milhões de toneladas.

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