Mercado

Preço de alimento vai cair com safra recorde de grãos, diz Lula

No dia em que a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgaram novas estimativas de produção, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o preço de alguns alimentos tende a cair com a safra recorde de grãos.

“Estamos acompanhando a economia tranqüilos, com estabilidade. O momento é bom. Tem uma inflação de alimento que, sabemos, está detectada. Nós vamos ter agora uma safra recorde outra vez de grãos, ou seja, nós vamos sair para 142 milhões de toneladas. Isso tende a baixar [o preço de] alguns produtos”, afirmou Lula.

O oitavo levantamento da safra realizado pela Conab apontou crescimento de 7,9% na colheita de grãos neste ano para 142,1 milhões de toneladas.

O levantamento assinalou um aumento de 6% na produção de feijão e de 4,8% na de arroz, mesmo com redução da área destinada ao plantio.

Entre os grãos, o maior aumento de produção ficou por conta do trigo, com variação de 71,2% em relação à safra anterior. Em seguida, veio o milho, com 12,7% de crescimento.

A soja continuará sendo a principal commodity plantada no Brasil, com 59,5 milhões de toneladas. Logo em seguida, a safra do milho, com 57,88 milhões de toneladas.

Os números do IBGE ficaram bem próximos dos da Conab: produção de 142,6 milhões de toneladas de grãos, 7,2% mais do que a temporada anterior.

O levantamento do IBGE mostra que as colheitas da soja e do arroz estão praticamente concluídas. O clima tem favorecido o desenvolvimento do feijão e do milho de segunda safra, a exemplo do plantio das culturas de inverno, como o trigo.

Café

Em levantamento específico, a Conab também apurou crescimento de 35% na safra de café, que deve chegar a 45,54 milhões de sacas de 60 quilos.

O número significa a segunda maior safra desta década, abaixo dos 48,48 milhões de sacas de 2002/03. O aumento expressivo na safra atual é explicado pelo comportamento bienal da lavoura de café, que alterna um ano de produção considerada alta e outro de baixa. (da Sucursal de Brasília)

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