Mercado

Preço agrícola desacelera, mas segue em alta

O índice de preços recebidos pelos produtores agropecuários paulistas, pesquisado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA) – vinculado à Secretaria de Agricultura do Estado – subiu 1,59% na segunda quadrissemana de junho, 0,33 ponto percentual a menos que no intervalo anterior.

Nelson Batista Martin, diretor do IEA, diz que o fraco desempenho dos grãos e frutas fez as cotações desacelerarem. Os itens que tiveram maior queda no período foram tomate (17,31%), soja (16,53%) e laranja (5,74%).

Martin destacou ainda o milho, que recuou 1,08% em função de uma sobreoferta no mercado. “Os produtores estão segurando a soja à espera de uma recuperação de preços e estão negociando mais milho para gerar receita”, afirma. Segundo ele, a cotação do grão ainda pode voltar a subir no mês, por conta do risco de geadas no Paraná e São Paulo.

Os produtos de origem animal, que subiram 4,59% na quadrissemana, foram os principais responsáveis pela alta dos preços ao produtor. Os itens mais valorizados foram os ovos (14,33%) e os suínos (10,12%). O diretor do IEA observa que a demanda por produtos de origem animal cresceu com a chegada do frio antes do tempo e a oferta enxuta.

Para o mês, Martin ainda estima alta entre 1,5% e 2%, causada por especulações sobre as quebras de safra em São Paulo e Paraná, por conta das geadas e do frio. “Até meados de julho, haverá muita especulação de preços, principalmente no segmento de hortaliças”, diz Martin.

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