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Petrobrás promove uso de gás natural em ônibus de linha carioca

A Petrobrás lançou ontem o projeto de ônibus a gás natural com a intenção de utilizar o combustível em grande parte dos 50 mil ônibus metropolitanos existentes no Brasil.

O objetivo inicial é testar os benefícios do Gás Natural Veicular (GNV) no transporte urbano, o que será feito em um ônibus desenvolvido pela Mercedes-Benz do Brasil, com capacidade para 40 passageiros sentados, equipado com ar-condicionado, na linha que liga a zona Norte ao Centro do Rio (Irajá-Passeio Público).

De acordo com o diretor de Gás e Energia da Petrobrás, Ildo Sauer, o custo do gás é inferior ao de outros combustíveis, e, com isso, “o preço da passagem pode ser reduzido”.

Além disso, segundo Sauer, o gás natural emite menos gases poluentes, “o que significa melhor qualidade do ar nas cidades”.

Royalties

A intenção do governo boliviano de aumentar os royalties sobre o gás extraído no país vizinho não afeta as negociações de preço com o Brasil, segundo afirmou o diretor da área de gás da Petrobrás, Ildo Sauer.

“Se nós precisamos de um custo menor, não vai ter conseqüência nenhuma. Porque se esse custo não se reduzir, não venderemos o gás boliviano aqui”, disse Sauer.

Segundo ele, as implicações em mudanças na legislação boliviana serão avaliadas. Porém, o objetivo é de continuar o acordo comercial a custos menores.

O novo governo da Bolívia fez projeto de lei que visa aumentar de 18% para 50% os royalties sobre o gás. Sauer diz que as negociações sobre pendências de 2002 estão muito amigáveis e favoráveis. A Bolívia cobra do Brasil um pagamento de US$ 110 milhões, mas o Brasil calcula que deve US$ 88 milhões.

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