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Petrobras confirma falta de gasolina no RN, PB e PE

A redução da produção de álcool Nordeste causou desabastecimento em postos do Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. A informação foi confirmada ontem pela Petrobras Distribuidora. Segundo a empresa, houve falta de gasolina em alguns pontos desses estados no fim de semana passado, devido à escassez de álcool anidro, que é misturado ao derivado de petróleo.

A companhia não deu detalhes do problema, que ainda ontem pôde ser constatado em pelo menos um posto, em Currais Novos. Segundo informações da Petrobras Distribuidora, responsável pela marca BR, houve “um pequeno problema de desabastecimento no Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco”. Mas a empresa “já considera essa questão normalizada”.

A Petrobras disse que isso ocorreu devido à entressafra da cana-de-açúcar no Nordeste. Não foram fornecidos dados sobre quantos litros deixaram de ser entregues, quantos postos foram prejudicados, se outras distribuidoras recebem gasolina da BR e tiveram o mesmo problema, nem o valor que eles deixaram de faturar com essa situação.

Apesar de ter restringido a dificuldade ao fim de semana passado, ontem um posto em Currais Novos ainda alegava não ter gasolina devido “a problemas em Guamaré”, onde a Petrobras mantém uma estrutura de distribuição no estado. A reportagem não pôde chegar a falta do combustível está acontecendo em outros postos.

Contudo, procurado pela reportagem, o presidente estadual do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo (Sindipostos RN), Ismar Medeiros, através de sua assessoria de imprensa, confirmou a falha no abastecimento e lamenta o fato. Segundo as informações do Sindipostos, as distribuidoras estão tendo que buscar o álcool anidro em estados como Goiás e Santa Catarina, o que, além de pôr em risco o fornecimento de gasolina, aumenta o preço do produto.

Ainda de acordo com as declarações de Ismar, os donos de postos que foram afetados com a paralisação do fornecimento da Petrobras Distribuidora – em Natal e no interior – terão que arcar com os prejuízos, mas não sozinhos, porque devem repassá-los para o consumidor.

Preço

De acordo com informações da Agência Estado, mesmo com a alta nas duas últimas semanas, o preço médio do litro do álcool combustível nas usinas paulistas recuou mais de 4% em junho, na comparação a maio, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq).

Na comparação ano a ano, entretanto, o preço do álcool nas unidades produtoras paulistas em junho deste ano, mesmo com o recuo sobre maio, apresentou forte recuperação, em valores absolutos, sobre junho do ano passado.

O hidratado foi negociado na média deste mês com um valor 13,16% superior aos R$ 0,5879 da média de junho de 2007. Para o anidro, a alta foi de 16,57% ante os R$ 0,6751 do mesmo mês do ano passado.

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