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Pesquisa para abastecer carro elétrico com hidrogênio a base de etanol requer investimentos

Ministro da Fazenda, avalia que os 500 milhões estimados, é um investimento pequeno diante dos benefícios para a humanidade

Pesquisa para abastecer carro elétrico com hidrogênio a base de etanol requer investimentos

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, esteve na Universidade de São Paulo (USP), no sábado, dia 23, para conhecer o desenvolvimento de uma tecnologia que permitirá que um carro elétrico seja abastecido com hidrogênio retirado do etanol.

O programa tem o potencial de praticamente zerar a emissão de carbono em toda a cadeia de abastecimento e funcionamento do veículo – que produz apenas água como resíduo.

“O projeto depende de mais recursos para pesquisa, alguma coisa em torno de R$ 500 milhões. O que me parece um investimento pequeno à luz do que ele vai trazer para a humanidade. Eu vim aqui para assumir compromissos com a universidade, levar à consideração dos órgãos federais a proposta, e eu vou com muito entusiasmo defender que esse projeto seja apoiado”, destacou o ministro.

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O projeto é especialmente estratégico para o Brasil porque o país dispõe de etanol na sua rede de postos de abastecimento veicular. A ideia é que – em cada posto – seja instalado um equipamento, uma mini usina do tamanho de quatro bombas comuns, que obteria hidrogênio a partir do etanol – o que evitaria o transporte de hidrogênio por caminhões tanque, algo considerado perigoso e caro.

O carro movido a hidrogênio conta com uma célula que utiliza a molécula para produzir energia elétrica. Como resíduo, é produzida água. Na USP, um carro da Toyota já está rodando com a tecnologia.

Na USP, o ministro falou sobre os instrumentos financeiros para o Plano de Transformação Ecológica do governo federal que deverão estar aprovados no Congresso Nacional até o fim do ano.

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O plano foi apresentado pelo ministro em meados de agosto e visa a criação do mercado regulado de carbono, a emissão de títulos soberanos sustentáveis e a reformulação do fundo do clima para financiar atividades que envolvem inovação tecnológica e sustentabilidade.

Faz parte, ainda, a criação de uma taxonomia sustentável nacional, um conjunto de normas para reconhecer projetos ou ativos sustentáveis, e que possa servir de baliza para orientar investimentos públicos e privados.

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