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Pernambuco vai intensificar uso do gesso nos canaviais

A intensificação do uso do gesso na cultura da cana-de-açúcar deverá acontecer ainda este ano. A ampliação da utilização do gesso atenderá a uma exigência do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), que determina que todo resíduo de gesso seja reciclado a partir deste exercício. De acordo com o pesquisador de Instituto Tecnológico de Pernambuco (Itep), Luciano Peres, Pernambuco os resíduos do material produzidos em Pernambuco são suficientes para serem utilizados no plantio de mais de 12 mil hectares de canas. Como a maior parte do material está concentrado na Região Metropolitana do Recife (RMR), em função do grande volume de obras da construção civil, a estimativa é de que graças a proximidade com a Zona da Mata o preço do frete do gesso para a agricultura seja reduzido em até 60%.

O uso intensivo do gesso no cultivo da cana-de-açúcar vem sendo alvo de testes graças a convênios firmados entre o Sindicato da Indústria do Gesso (Sindusgesso), Sindicato das Indústrias do Açúcar e do álcool do Estado de Pernambuco (Sindaçúcar/PE), Itep, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Pernambuco (Facepe) e Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Um dos testes foi desenvolvido na Usina Cucaú, pertencente ao grupo pernambucano EQM. Pelo projeto desenhado pelos pesquisadores, a reciclagem do material será feita em indústrias que produzem materiais semelhantes ou derivados do gesso ou nas próprias usinas/destilarias de cana-de-açúcar.

O Estado de Pernambuco responde por cerca de 95% da produção de gesso nacional. O Estado possui uma das maiores reservas mundiais de gipsita, localizada na Chapada do Araripe. A experiência também já foi realizada cem plantações de soja e, de acordo com os pesquisadores, os resultados foram considerados extremamente promissores.

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