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Pernambuco exporta 15,32% a mais do que no ano passado

O açúcar lidera a lista de produtos vendidos ao exterior, seguido de itens de metal-mecânica, química e petroquímica. As exportações de Pernambuco cresceram 15,3% no acumulado de janeiro a outubro. Ao todo, o estado exportou US$ 358,5 milhões contra US$ 310,9 milhões em igual período de 2003. Apesar da liderança de produtos tradicionais da economia local, como o açúcar, é notório o crescimento de itens de maior valor agregado, como os da indústria metal-mecânica, química e petroquímica.

O destaque entre produtos exportados é o açúcar de cana em bruto, que apresentou um incremento de 57,7% em receitas de exportação, passando de US$ 44,3 milhões para US$ 69,9 milhões. Além disso, ampliou sua participação de 14,2% para 19,5%.

Os demais postos no ranking também são ocupados por produtos tradicionais como outros açúcares (US$ 34,2 milhões), mangas (US$ 17,6 milhões), uvas frescas (US$ 13,2 milhões) e lagostas (US$ 11,9 milhões). A novidade é o salto de outros produtos, como os das indústrias metal-mecânicas e químicas, avalia o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Esportes, Alexandre Valença.

“Os perfis de ligas de alumínio, por exemplo, ocupam o sexto lugar entre os principais produtos exportados e sua participação subiu de 0,37% para 3,2%, enquanto a receita cresceu 902,8%, de US$ 1,1 milhão para US$ 11,4 milhões”, detalha Valença. “Outro exemplo do desempenho da metal-mecânica são os acumuladores para veículos, que estão no 12º lugar na pauta, tendo incrementado sua participação de 1,52% para 2,24%. Já a receita registrou variação positiva de 70%, de US$ 4,7 milhões para US$ 8 milhões”, acrescenta.

As barras de ferro e aço também seguem a tendência. Estão em 15º lugar, ampliaram a fatia na pauta de 0,9% para 1,95% e incrementaram a receita em 150,4%, de US$ 2,7milhões para US$ 6,9 milhões. Já entre os produtos químicos e petroquímicos, destacam-se a borracha de butadieno, o acetato de vinila e as fibras de poliéster.

A borracha de butadieno está no sétimo lugar no ranking das exportações, tendo mantido sua participação praticamente estável (3,20% no acumulado de 2003 e 3,17% de janeiro a outubro de 2004). Já a receita cresceu 14,2%, de US$ 9,9 milhões para US$ 11,3 milhões. O acetato de vinila também manteve estável sua fatia mas incrementou o valor exportado em 15,9%, de US$ 5,2 milhões para US$ 6,1 milhões.

No ranking de empresas exportadoras, a multinacional do setor de alumínio, Alcoa, fica no primeiro lugar. A empresa exportou US$ 21,6 milhões no acumulado de 2004, 156% a mais que os US$ 8,4 milhões contabilizados no mesmo período de 2003. Também ampliou sua participação entre os principais exportadores do Estado de 2,72% da receita total de exportações de Pernambuco para 6%. Em segundo lugar na lista, aparece a Empaf, razão social da Netuno, de camarões e pescados, com US$ 18,4 milhões. A trade de açúcar Fluxo Serviços Técnicos aparece em terceiro lugar (US$ 16 milhões).

Outros destaques são a Terphane, do segmento de filmes de poliéster, com receitas de US$ 15,1 milhões; o fabricante de borrachas sintéticas Petroflex, com US$ 12 milhões, a indústria de latas de alumínio Latasa com US$ 9,5 milhões, a empresa de baterias automotivas Acumuladores Moura com US$ 8,1 milhões e a Pamesa, de porcelanatos, com US$ 5,5 milhões.

Quanto aos países de destino os Estados Unidos absorveram US$ 89,3 milhões (24,9%) do total exportado por Pernambuco, porém compraram 9,33% a menos em relação ao acumulado de 2003, quando as remessas do estado para o maior mercado do mundo somaram US$ 98,5 milhões.

“A queda reflete, entre outros fatores, as medidas protecionistas impostas pelos país ao camarão brasileiro, que tem no Nordeste seu principal produtor, e a redução na remessa de frutas do Vale do São Francisco, pólo agrícola fortemente impactado pelos temporais do início do ano”, explica o secretário.

Já o comércio com a Argentina apresenta crescimento. O país, segundo lugar no ranking, comprou US$ 34,7 milhões de Pernambuco, 23,5% a mais. A Rússia, no terceiro posto, importou principalmente açúcar, e chegou a US$ 27,7 milhões, 217,7% a mais do que em 2003.

As importações caíram 6,33%, de US$ 685,6 milhões para US$ 642,2 milhões. Entre os principais produtos importados se destacam o gás liquefeito de petróleo (–9,8%), as chapas de ligas de alumínio (–22%), o óleo de soja em bruto (–9,7%) e o óleo diesel (–87,2%). Houve incremento de propano em bruto (636,4%), tecidos de poliéster (169,7%), uísques (293,4%), máquinas e aparelhos de impressão (634,1%) e arroz semibranqueado (986,9%).

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