Mercado

Pelo mesmo preço, Corsa 1.0 vira flexível

“O mercado está ansioso por carro flexível.” A frase do vice-presidente da General Motors do Brasil, José Carlos Pinheiro Neto, explica a razão de o Chevrolet Corsa 1.0 passar a ser equipado com motor bicombustível, o que era esperado para o começo de 2006. Uma série de alterações fez a potência subir de 71 cv (cavalos) para 79 cv com álcool.

A GM investiu para colocar balancins roletados no cabeçote, trocar o alumínio por plástico na fabricação do coletor de admissão, instalar o acelerador eletrônico e mudar o coletor de escape. Afinal de contas, os “populares” ainda representam 43% do mercado -e pesquisas mostram que o consumidor está insatisfeito com a potência, a aceleração e o consumo de combustível.

Por isso a fábrica apresenta números animadores. Com o sistema fornecido pela Bosch, a aceleração até 100 km/h dura 14,4s ante 15,5s com o motor anterior. Quando houver álcool no tanque, o tempo será de 14,3s.

Os cálculos da GM mostram que o Corsa está 7% mais econômico, o que gera um “lucro” de até R$ 231 na cidade ao ano. O torque (força) aumentou 1,1 kgfm, alcançando 9,3 kgfm. Porém, se é o mais potente do segmento, o Corsa perde para o Volkswagen Fox em torque. O concorrente tem mais força (9,8 kgfm) numa rotação mais baixa (4.500 rpm).

O preço do hatch é de R$ 30.104, e o sedã sai por R$ 32.335. Samuel Russell, diretor de marketing da montadora, estima que o desconto médio para a opção só a gasolina deva ser de 9% -hoje fica na casa de 5%. Ele também espera aumentar de 6.000 para 7.000 as vendas mensais do modelo.

1.8

Os motores 1.8 também sofreram alterações. O Corsa, a Meriva e a Montana ficaram, em média, 4% mais rápidos e 8% mais econômicos, de acordo com números da fábrica. As alterações no propulsor fazem o motorista contar com 114 cv (com álcool) ou com 112 cv (gasolina). O torque é de 17,7 kgfm a 2.800 rpm, independentemente do combustível.

Esse motor é o mesmo que a Fiat usa na Idea, 25 kg mais leve que a Meriva. Apesar de o propulsor não ser um fator de compra da minivan, ele aparece entre os itens mais apreciados pelos proprietários. E, para não reclamarem, a economia foi favorecida: é possível salvar, por ano, 2,8 tanques na cidade.

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